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    o impeachment

    Nomeação de Lopes afronta decisão do PMDB, diz Temer, que falta à posse

    DANIELA LIMA
    DÉBORA ÁLVARES
    GUSTAVO URIBE
    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    17/03/2016 10h55

    O vice-presidente da República, Michel Temer, não comparecerá à posse dos novos ministros do governo Dilma Rousseff, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, a ausência do peemedebista é creditada à desobediência do deputado Mauro Lopes, que também será empossado na pasta da Aviação Civil. A assessoria do vice diz que ele não poderia "comparecer à posse de um ministro que afronta a decisão soberana da convenção nacional do PMDB de não ocupar cargos" na administração federal.

    A regra mencionada pela equipe do vice foi aprovada no último sábado (12), quando Temer foi reeleito presidente nacional do PMDB. Após a recondução do vice ao comando da legenda, a convenção aprovou uma moção que proibia o ingresso de filiados à sigla no governo federal até que a legenda deliberasse em definitivo sobre a pressão pela ruptura da aliança com o PT. Lopes, que havia negociado o cargo anteriormente, decidiu ignorar a decisão.

    À Folha, o novo ministro afirmou nesta quarta (16) que acreditava não ter violado nenhuma regra, já que o convite de Dilma para a pasta foi feito antes da deliberação do PMDB. A legenda, no entanto, viu a nomeação como uma afronta do Planalto à decisão do PMDB e à autoridade da direção nacional da sigla.

    Segundo a assessoria do vice, "avisos reiterados foram enviados ao Palácio, que decidiu ignorá-los". O processo de expulsão do deputado Mauro Lopes será analisado pela legenda a partir de amanhã.

    PRESTÍGIO

    Outros notáveis do PMDB decidiram manter distância do ato. Senadores como Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) já avisaram que não virão ao ato.

    Dos seis ministros que o PMDB já tem no governo, apenas Katia Abreu (Agricultura) não chegou à cerimônia de posse. Pela proximidade da ministra com a presidente Dilma, no entanto, sua presença ainda é esperada.

    Os ministros petistas, por sua vez, compareceram em peso, além dos líderes do partido na Câmara e no Senado. A Presidência também reservou espaços para integrantes de movimentos sociais. Enquanto aguardavam a posse, ele puxaram o coro: "Não vai ter golpe, vai ter luta".

    Outra personalidade que chamou atenção na plateia da posse de Lula foi o deputado Paulo Maluf (PP-SP).

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