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    o impeachment

    Lula ainda não decidiu se vai ou não ao ato na avenida Paulista

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    18/03/2016 09h18

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado ministro-chefe da Casa Civil, vai esperar as movimentações do ato desta sexta-feira (18), na avenida Paulista, em defesa do governo Dilma.
    No meio da tarde, Lula acompanhava de casa os desdobramentos do ato. Se tudo estiver calmo até o começo da noite, o ex-presidente deverá ir por volta das 19h.

    A maior preocupação dos aliados do Lula é com o fim do expediente, quando muitos representantes pró-impeachment saem do trabalho na região da Paulista.

    Durante almoço na Confederação Nacional dos Metalúrgicos, mais cedo, o petista já dissera que avaliaria até o fim do dia se participaria, a depender do clima entre os manifestantes.

    A informação de que Lula iria foi divulgada nas redes sociais pelo presidente estadual do PT, Emídio de Souza.

    Após consultar petistas e integrantes de movimentos sociais, Lula tinha sucumbido ao argumento de que o ato é definidor neste momento político e tinha confirmado presença. Aliados estão, no entanto, apreensivos quanto ao risco de confrontos. "Está prevista a presença de Lula", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, um dos organizadores do ato e defensores da presença de Lula nas ruas.

    Mais cedo, interlocutores do ex-presidente, temendo conflitos com manifestantes pró-impeachment, insistiram para que ele não fosse às ruas.

    Petistas se queixavam de tratamento diferenciado, já que foram a público pedir que os militantes cancelassem manifestações programadas para o domingo (13), quando aconteceu o protesto pelo impeachment.

    Na semana passada, o governo Geraldo Alckmin disse que não permitiria outras manifestações além das previstas em favor do impeachment.

    Emídio de Souza, presidente estadual do PT, havia dito mais cedo que "os manifestantes da direita permanecerem não avenida Paulista é um escolha do governador Geraldo Alckmin, ele assumirá todos os riscos. Nós não recuaremos."

    PAULISTA ABERTA

    Após sair da avenida Paulista na manhã desta sexta-feira (18), um grupo de manifestantes contra o governo seguiu para a avenida Nove de Julho, na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo.

    Cerca de 25 pessoas estiveram novo ponto de protesto, que durou cerca de uma hora e meia. Por volta das 11h35, a avenida foi desocupada.

    O grupo chegou a bloquear duas faixas da via, no sentido centro, na altura do cruzamento com a alameda Itu. Veículos tiveram de desviar para a avenida Paulista ou seguir pela faixa de ônibus. A PM e a CET acompanharam a movimentação no local.

    Mais cedo, o grupo foi retirado da Paulista pela Tropa de Choque da Polícia Militar. O motivo é que a avenida será palco de um novo protesto, mas a favor do PT e do ex-presidente Lula.

    Policiais usaram bombas de gás e caminhão com canhão de água para dispersar os manifestantes, parte dos quais, acampados no local desde a última quarta-feira (16).

    Foi a primeira vez que a PM usou jato de água em grandes protestos. Inicialmente, apesar de já possuir os mesmos blindados israelenses, o uso era evitado -devido a uma possível crítica relacionada à crise hídrica. Em protestos do MPL recentes, a PM também preferiu métodos mais agressivos, como o uso de balas de borracha.

    Após um movimento rápido dos policiais, a avenida foi desobstruída e o trânsito está liberado na via. Ninguém foi preso.

    Houve gritos contra Geraldo Alckmin, como "Ladrão de merenda".

    Os portões da entrada da estação Trianon-Masp foram fechados pela própria equipe do metrô. Os manifestantes que saíram das ruas ocupam, agora, a calçada.

    Tropa de choque

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