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    Com piora da crise, ministro do Esporte entrega cargo a Dilma, diz PRB

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    18/03/2016 19h10

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 12-02-2015, 12h00: O ministro George Hilton (ESPORTES) durante reunião com representantes da Associação Nacional de Torcidas Organizadas Flávio Coelho (Camisa branca) e André Azevedo (Camisa preta), no Ministério. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, ESPORTE)
    O ministro do Esporte, George Hilton, durante reunião Associação Nacional de Torcidas Organizadas

    Na mesma semana em que a sigla anunciou o desembarque da base aliada no Congresso Nacional, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, informou nesta sexta-feira (18) que o ministro do Esporte, George Hilton, entregou o cargo à presidente Dilma Rousseff.

    A saída ocorre a menos de cinco meses das Olimpíadas do Rio de Janeiro e é a primeira baixa de primeiro escalão do governo da petista desde a abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

    Nesta semana, a petista também sofreu perdas no segundo escalão, com as saídas dos presidentes da Embratur, Vinícius Lummertz, e da Eletrosul, Djalma Berger, ligados ao PMDB de Santa Catarina.

    Segundo o dirigente nacional, o ministro comunicou sua decisão à presidente na noite de quinta-feira (17). A petista pediu que ele permanecesse no cargo até segunda-feira (21), tempo no qual ela pretende encontrar um substituto para o cargo.

    "Hilton já elaborou carta de demissão e, embora tenha recebido apelos para permanecer na função, especialmente em virtude da realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, aguarda apenas a confirmação do novo ministro para efetivar a transmissão do cargo", informou o PRB.

    Para o lugar de Hilton, o Palácio do Planalto estuda uma solução caseira. Uma hipótese estudada é deslocar para a pasta o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende para ocupar a Secretaria de Comunicação Social o jornalista Franklin Martins, que ocupou a pasta no governo do petista.

    Com o anúncio da sigla na quarta-feira (16), o governo federal tentou evitar a saída do ministro, mas não teve sucesso.

    A baixa ocorre no momento em que outros partidos da base aliada, como PP, PTB e PR, também ameaçam abandonar a base aliada em meio ao processo de impeachment.

    O PMDB, principal aliado do governo federal, marcou para o dia 29 de março a decisão de desembarque da Esplanada dos Ministérios.

    Na semana passada, a legenda havia decidido se posicionar sobre o assunto em até 30 dias, o que daria ao partido um mês para fechar questão sobre o impasse.

    A escalada da crise, agravada nos últimos dias pela nomeação de Lula para a Casa Civil e a revelação de conversas entre ele e autoridades, inclusive a presidente, fez com que a ala que defende a permanência do PMDB no governo encolhesse ainda mais.

    A avaliação de líderes do partido é que situação se tornou insustentável, e o desembarque será inevitável.

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