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    Lava Jato

    Buscas em hotel de Brasília tinham como alvo João Santana e a mulher

    GABRIEL MASCARENHAS
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    22/03/2016 11h56

    Os policiais federais que estiveram no Hotel Royal Tulip na manhã desta terça-feira (22) cumpriam um mandado de busca e apreensão numa unidade que pertence ao marqueteiro João Santana e à mulher dele, Mônica Moura.

    Os agentes chegaram por volta das 5h40, com ordem assinada pelo juiz Sergio Moro, para recolherem provas indicando que eles receberam pagamentos autorizados pelo setor de contabilidade secreta da Odebrecht.

    Santana foi o marqueteiro da campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.

    De acordo com a investigação, a construtora mantinha um departamento com contabilidade paralela, responsável pela operação de repasses ilícitos.

    O objetivo da busca era "colher provas de crimes de corrupção, crimes de lavagem, antecedentes ao da lavagem, e crimes financeiros, além de associação criminosa, especificamente provas sobre pagamentos subreptícios recebidos pelo casal do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht", escreve Moro em seu despacho.

    A ordem determinava a apreensão de materiais de contabilidade formal ou informal, recibos, agendas, ordens de pagamento, extratos de contas e documentos relacionados a contas no Brasil ou no exterior, além de HDs, laptops, pen drives, telefones celulares e arquivos telefones de qualquer espécie.

    Também deveriam buscar agendas, manuscritas ou eletrônicas, do casal ou de suas empresas, caso houvesse suspeita de que contivessem material probatório relevante.

    LULA

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não era alvo da essa etapa da Operação Lava Jato, batizada de "Xepa", passou a noite no Royal Tulip, onde costuma se hospedar quando vai à Brasília.

    O hotel em questão é endereço de boa parte dos políticos na capital federal. Entre os que moram no local está o senador e ex-líder do governo Delcídio do Amaral, que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

    Pela manhã, no momento em que os agentes já cumpriam as medidas no interior do Royal Tulip, a presidente Dilma Rousseff passou pedalando sua bicicleta a aproximadamente 50 metros da portaria do empreendimento.

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