• Poder

    Saturday, 04-May-2024 14:18:08 -03

    o impeachment

    Com impasse sobre Lula, 'Dilma da Bahia' assume Casa Civil

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    22/03/2016 22h23

    Divulgação
    Eva Chiavon. Foto: Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Eva Chiavon, que comanda a Casa Civil enquanto Lula está suspenso

    Com estilo técnico e pavio curto, Eva Chiavon assumiu desde a última segunda-feira (21) a posição de braço-direito da presidente Dilma Rousseff de maneira inesperada.

    Em meio ao imbróglio jurídico causado pela suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deslocamento de Jaques Wagner para o gabinete da Presidência da República, a secretária-executiva chegou ao cargo com status de primeiro-ministro do Palácio do Planalto em uma situação de vácuo de poder.

    Conhecida pelo gênio forte e pelo perfil de "gerentona" da máquina pública, a petista catarinense ganhou o apelido de "Dilma da Bahia" quando foi secretária estadual da Casa Civil entre 2007 e 2010, quando Jaques Wagner foi governador do Estado.

    Assim como Dilma no segundo mandato presidencial de Lula, quando estava à frente da Casa Civil e recebeu o apelido de "mãe do PAC", Chiavon era a responsável por gerenciar o calendário de obras e projetos estaduais.

    Na Casa Civil, quando Wagner era ministro, o papel dela era semelhante. Enquanto o ministro se dedicava à articulação política, sobrava a Chiavon cuidar da parte administrativa.

    O perfil semelhante das duas que, segundo relatos perdem facilmente a paciência com subordinados, fez com que criassem afinidade. Para falar de questões burocráticas, Dilma costuma ligar diretamente para Chiavon.

    Em 2012, no primeiro mandato da presidente, Jaques Wagner chegou a indicar a secretária-executiva para o comando do Ministério do Desenvolvimento Social, mas Dilma acabou mantendo Tereza Campello.

    Antes de chegar à Casa Civil, Chiavon passou pelos ministérios do Trabalho, Planejamento e Defesa.

    No último, foi a primeira mulher a exercer a secretaria-executiva da pasta e enfrentou resistência por parte de militares, que pediam em conversas reservadas sua saída do posto.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024