Depois dos protestos contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, o Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal investigue eventuais ameaças e incitações à violência contra o magistrado e disponibilizou o aumento do número de agentes que fazem a segurança dele.

A ampliação do efetivo responsável por acompanhar Teori será ampliado apenas se o Supremo solicitar, o que ainda não ocorreu. O total de policiais federais encarregados da função não pode ser revelado por se tratar de informação de inteligência.

O inquérito a ser aberto pela PF vai apurar "instigações e ameaças aos magistrados, tanto em manifestações públicas ao redor de suas residências como em redes sociais", de acordo com o Ministério da Justiça.

Em nota oficial enviada nesta quarta-feira (23), a assessoria do MJ sustenta ainda que "zelará para que o momento de tensão política não dê lugar a atos de violência e intolerância contra quem quer que seja".

A reação do Ministério da Justiça foi divulgada no dia seguinte a um protesto feito em frente ao condomínio do ministro do STF, no Rio Grande do Sul, na noite de terça (22). Os manifestantes estenderam faixas com os dizeres "pelego do PT", "Teori traidor" e "deixa o Moro trabalhar".

Em decisão proferida na noite de terça, Teori Zavaski, relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no STF, determinou que o juiz Sergio Moro, responsável pelo caso na Justiça Federal no Paraná, envie ao Supremo as investigações que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.