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    o impeachment

    Lula se diz enojado e pede de sindicalistas pressão sobre a Lava Jato

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    23/03/2016 18h59

    Eduardo Knapp/Folhapress
     O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de Plenária Nacional de Sindicalistas em defesa da democracia, do Estado de Direito e contra o golpe
    O ex-presidente Lula em encontro com sindicalistas em São Paulo

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (23) que se sente enojado com o tratamento que recebe da imprensa e de agentes responsáveis pela Operação Lava Jato.

    Em um evento em São Paulo organizado por sindicatos, ele disse, em um longo discurso, que ficou com raiva quando um promotor público acusou sua mulher, Marisa Letícia, de lavagem de dinheiro.

    Nas investigações do Ministério Público, o ex-presidente é suspeito de ter recebido vantagens indevidas, sendo beneficiário de crimes cometidos no âmbito da Petrobras. As investigações estão, hoje, a cargo do STF (Supremo Tribunal Federal) por determinação do ministro Teori Zavascki.

    Nesta quarta, Lula pediu aos sindicalistas presentes ao evento na Casa de Portugal para que pressionem os agentes da força-tarefa em relação aos efeitos da operação.

    "Já ouvi falar que são R$ 200 milhões em prejuízos. Da mesma forma que vocês falam com a Dilma, vocês têm que procurar a força-tarefa e perguntar se eles têm consciência do que estão fazendo com o país", disse o ex-presidente, que teve suspensa a posse na chefia da Casa Civil de Dilma.

    Em seu longo discurso, ele repetiu a promessa de viajar pelo Brasil para falar contra o impeachment da presidente. "Enganam-se aqueles que pensam que só posso ser ministro para ajudar a Dilma", disse.

    Lula também chamou de "babaquice" a divisão que o país hoje atravessa e afirmou que o "tempo mostrará quem está com a razão." "Se acharem alguém mais honesto do que eu, desisto da vida pública", afirmou.

    Lula recebeu apoio dos sindicalistas para ocupar a Casa Civil. Ao ouvir críticas à política econômica, disse que tem consciência da crise e reconheceu: "Vai levar muito tempo para que o país possa viver de novo o que vivemos".

    Ele endossou, porém, os ataques ao ajuste fiscal, citando o bloqueio do Orçamento anunciado pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, nesta terça (22).

    "Tenham mais seis meses de paciência e vamos provar que o Brasil vai voltar a ser o país da alegria", pediu Lula, que alfinetou ainda o ministro do STF Gilmar Mendes.

    "O ministro Gilmar Mendes me cassou e voou para Portugal. Enganam-se aqueles que pensam que só posso ajudar Dilma se for ministro".

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