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    Comandante do Exército menciona crise 'ética' e diz que instituição obedecerá Constituição

    DE BRASÍLIA

    24/03/2016 17h14

    Em vídeo divulgado nas redes sociais, o comandante-geral do Exército, Eduardo Villas Bôas, declarou que o Brasil atravessa uma crise econômica, ética e política. Sem citar palavras como impeachment ou golpe, ele adiantou apenas que o Exército vai obedecer à Constituição.

    As declarações ocorrem no momento em que crescem os protestos nas ruas, com grupos pedindo a deposição da presidente Dilma Rousseff, outros saindo em defesa da manutenção da petista no cargo e alguns defendendo a volta dos militares ao poder.

    "Estamos participando, vivendo e sofrendo as consequências dessa crise, que tem três componentes importantes: o componente político, o componente econômico e um componente ético-moral, e os três estão interligados", afirmou Villas Bôas.

    Ele elencou a manutenção da estabilidade, a legalidade e a legitimidade como os três pilares que norteiam o papel do Exército, como "instituição do Estado".

    "Toda e qualquer atitude nossa será absolutamente respaldada no que os dispositivos legais estabelecem, desde a Constituição até as leis complementares[...], e sempre condicionado ao acionamento de um dos poderes da República", afirmou o comandante.

    O general pregou, no vídeo em que esclarece qual a percepção do Exército" diante das manifestações, que o país deve "reencontrar o sentido de projeto e restabelecer a sua ideologia de desenvolvimento". Ele finaliza a entrevista institucional com discurso otimista.

    "Temos certeza de que é uma questão de tempo, e o Brasil terá condições, sim, de reverter essa situação e reencontrar o seu caminho do desenvolvimento, porque o Brasil é um país que tem grandes responsabilidades internacionais", declarou Villas Bôas.

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