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    o impeachment

    No Senado, Pansera critica PMDB e diz que não paralisa agenda

    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    29/03/2016 11h14

    Renato Costa/Folhapress
    CCT realiza audiência com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, para debater agenda de prioridades da pasta (DF)
    Ministro peemedebista Celso Pansera (Ciência e Tecnologia)

    No dia em que o PMDB vai anunciar o desembarque do governo, o ministro peemedebista Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) criticou nesta terça-feira (29) a disposição do partido e afirmou, em audiência pública no Senado, que não vai paralisar sua agenda.

    "Falei para dirigentes do meu partido. Não acho que a luta política tem que ser levada a esse extremo, de desmontar equipes que estão levando ministérios. Nem digo o meu, mas Saúde, Agricultura, determinantes, que tem impactos imediatos. Acho um erro levar a luta política, que é legitima, e existe em função da crise, para esse extremo", afirmou.

    Um dos ministros peemedebistas resistentes a deixar o cargo com o rompimento do partido com o Palácio do Planalto, Pansera também demonstrou sua reprovação ao processo de impeachment de presidente Dilma Rousseff e deixou claro que, uma vez que deixar o cargo na Ciência e Tecnologia e retomar seu mandato de deputado federal, votará pela permanência da petista na Presidência da República.

    Como um dos peemedebistas que permanece ao lado de Dilma, Pansera é uma das apostas do Planalto na busca de votos favoráveis entre seus correligionários contra o impeachment. "Os votos do PMDB para o impeachment ou contra o impeachment só se saberão no dia da votação. Até la, é muita fumaça e pouca realidade. Muita nota plantada e pouco fato efetivo".

    Pansera contou ainda ter conversado na segunda-feira (28) com Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que comanda há 14 anos o PMDB e ontem comunicou que a sigla oficializará hoje o desembarque do governo.

    Segundo ele, à noite, também esteve com deputados que partilham de sua posição e com o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Embora o diretório do PMDB do Rio de Janeiro também tenha decidido abandonar o Planalto no fim de semana, Picciani sempre foi próximo de Dilma e não deve comparecer nesta terça à reunião que definirá os rumos do partido.

    "Vou aguardar a resolução do partido, já que meu desejo é continuar. Não vou parar nenhuma iniciativa do ministério. Estou aqui, em seguida tenho reunião na Casa Civil, vou para a Bahia, não vou paralisar minha agenda", afirmou na audiência no Senado, em resposta ao questionamento do presidente da comissão, Lasier Martins (PDT-RS).

    Ele participou esta manhã de audiência pública para tratar das prioridades de sua pasta neste ano. A sessão estava esvaziada, e contou com a presença de apenas cinco dos 17 integrantes da comissão: Omar Aziz (PSD-AM), Walter Pinheiro (PT-BA), Ivo Casol (PP-RO), além do presidente, Lasier Martins.

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