O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta terça-feira (29) que irá compor a defesa de Dilma Rousseff na comissão que analisa o pedido de impeachment da presidente, ainda nesta semana.

"Vamos explicar o que for perguntado. Nossa politica é transparente, todas as decisões que foram tomadas foram amparadas com pareceres técnicos, das partes competentes do Ministério da Fazenda e do Planejamento, e estão de acordo com a legislação em vigor."

Barbosa, que participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado, disse que vai entrar em contato com o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, o principal encarregado de elaborar a defesa de Dilma, para decidir sua linha de atuação.

Barbosa já estava escalado para elaborar uma defesa para as chamadas pedaladas fiscais –atraso de repasses para bancos públicos para maquiar as contabilidades públicas– expediente usado pela gestão de Dilma e contestado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o que fundamenta o pedido de impeachment em questão.

O ministro acreditava que teria de prestar esclarecimentos à comissão depois de segunda (4), quando encerra o prazo para Dilma entregar sua defesa. "Não tenho nenhum problema em vir aqui defender, a questão é qual melhor data."

Além de Barbosa, o professor da UERJ Ricardo Lodi Ribeiro será chamado para explicar os expedientes contábeis usados pela gestão da petista. Do outro lado, a comissão também ouvirá os advogados Miguel Reale Jr. (ex-ministro do governo FHC) e Janaina Paschoal, autores do pedido de impeachment.