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    PF vai acompanhar investigação sobre morte de policial que acusava Aécio

    DE BELO HORIZONTE

    29/03/2016 18h15

    A investigação sobre a morte de um policial civil que fazia acusações e críticas ao ex-governador de Minas Gerais e senador Aécio Neves (PSDB) será acompanhada pela Polícia Federal a pedido do ministro da Justiça, Eugênio Aragão.

    Lucas Gomes Arcanjo foi encontrado morto no último sábado (26) dentro de sua casa, em Belo Horizonte, enforcado por uma gravata. A Polícia Civil afirma que trabalha com a hipótese de suicídio.

    Nos vídeos que publicava nas redes sociais –ele tinha mais de 23 mil seguidores no Facebook–, Arcanjo dizia que Aécio tinha ligação com tráfico de drogas, corrupção e até a morte de opositores. Ele também criticava promotores do Ministério Público, Poder Judiciário, outros políticos e a própria Polícia Civil.

    Em sua última publicação, postada um dia antes de morrer, Arcanjo criticou a situação do país, disse que tinha "asco" da política atual e, com as mãos ao redor do pescoço, afirmou que estava "travando a garganta de raiva". Disse também que era perseguido e que estava a ponto de "partir desse país e não voltar mais".

    Nesta segunda (28), nota divulgada pelo Ministério da Justiça diz que, por causa do "óbito repentino do policial civil'", Eugênio Aragão "solicitou que a Polícia Federal dê total apoio na apuração dos fatos relacionados à morte".

    O caso é investigado pela 1a delegacia do Barreiro, na capital mineira.

    Procurada, a assessoria de Aécio Neves disse em nota que "considera que este é um assunto da competência dos policiais".

    "Esclarecemos que não existem informações que indiquem que a morte do policial civil esteja vinculada a alguma das inúmeras acusações que fez contra diversas pessoas", afirma o comunicado.

    "É lamentável a exploração política da morte do policial e também o uso pelo PT e seus aliados do triste episódio, baseado no fato de ele ter feito, ao longo do tempo, falsas acusações e ataques infundados contra o senador", continua a nota, que ainda pede respeito "à dor da família do policial".

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