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    o impeachment

    Relação com Temer fica interditada, diz Jaques Wagner

    MARIANA HAUBERT
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    29/03/2016 19h22

    O ministro-chefe do gabinete pessoal da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, afirmou nesta terça-feira (29) que a relação do governo com o vice-presidente Michel Temer passa a ficar interditada e avaliou que ele poderá ter mais dificuldade caso venha a assumir a Presidência da República porque não tem a "legitimidade do voto".

    "A relação será sempre educada, mas fica interditada. [...] Alguém que teve 54 milhões de votos já enfrenta dificuldade. Imagina alguém que não vem com essa mesma legitimidade. Terá mais dificuldade ainda", afirmou Wagner.

    O ministro foi escalado pelo Planalto para oficializar a reação do governo diante do rompimento do PMDB, comandado pelo vice-presidente. Minutos após a reunião do PMDB, Wagner foi chamado para uma conversa com a presidente, onde os dois selaram o discurso oficial.

    Questionado sobre se, diante do apelo do próprio partido para que seus ministros entregassem seus cargos, Temer deveria fazer o mesmo, renunciando à vice-presidência, Wagner afirmou que não opinaria sobre uma questão pessoal do peemedebista. "Se quiserem sugerir, sugiram, mas não vou opinar. Entendi o raciocínio, mas não cabe a mim julgar", afirmou.

    O ministro também ironizou a rápida reunião realizada pelo partido que selou o desembarque. O encontro, que durou apenas três minutos, não teve discursos e o resultado se deu por aclamação. "Não sei qual era o objetivo, talvez um título no Guiness Book", disse.

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