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    Em ato de filiação ao PSD, Matarazzo diz esperar que Kassab deixe governo

    THAIS ARBEX
    DE SÃO PAULO

    30/03/2016 14h38

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Sao Paulo, SP, Brasil. 30.03.2016. O vereador Andrea Matarazzo, durante anuncio de filiacao ao PSD, do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, para concorrer a Prefeitura de Sao Paulo. (Foto: Moacyr Lopes Junior / Folhapress - Poder)
    Vereador Andrea Matarazzo, recentemente filiado ao PSD

    No ato em que anunciou sua filiação ao PSD para disputar a eleição pela Prefeitura de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (30), o vereador Andrea Matarazzo disse que há a expectativa de que o ministro Gilberto Kassab (Cidades), presidente nacional do partido, deixe o governo Dilma Rousseff.

    Matarazzo afirmou que o impeachment da presidente "é uma realidade" e que sua posição a favor da deposição de Dilma é conhecida, já que esteve em todas as manifestações contrárias ao governo do PT.

    "Minha posição continua exatamente a mesma. Não há mais governo, o impeachment da presidente Dilma é uma realidade e, efetivamente, tenho até a expectativa de que o Gilberto Kassab acabe saindo do ministério", disse o vereador.

    No mesmo momento do evento na sede do PSD, no Edifício Joelma, no centro de São Paulo, Kassab participava ao lado da presidente Dilma, em Brasília, do lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, no qual ela disse que "impeachment sem crime de responsabilidade é golpe".

    Embora permaneça no governo, Kassab liberou os 31 deputados do PSD para votar como quiserem em relação ao impeachment na Câmara.

    CACIQUES TUCANOS

    Matarazzo, que deixou o PSDB no último dia (18), às vésperas do segundo turno das prévias que elegeram o empresário João Doria candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, afirmou que a cidade precisa de "um projeto acima dos partidos", indicando que os caciques tucanos, mesmo no PSDB, deverão apoiar sua candidatura na disputa municipal.

    "Não vou ficar patrulhando ninguém para me apoiar ou para sair de partido. Acho que todos eles sabem o que é melhor para São Paulo e se posicionarão para o que é melhor para São Paulo", disse em referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aos senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira e ao ex-governador Alberto Goldman.

    JOÃO DORIA

    Questionado sobre a declaração de Doria, que ao "Painel" disse que Matarazzo é "fujão" e que agora "vai chorar no colo do Kassab e da Dilma", o vereador afirmou ter "preguiça" do empresário e o acusou de fazer lobby.

    "Quem vive no colo da Dilma fazendo lobby é o João Doria, não eu", afirmou.

    Matarazzo voltou a dizer, em uma referência ao empresário, que a cidade de São Paulo "não pode mais ter "oportunistas ou arrivistas".

    "Não dá para aprender no cargo. Tem que vir com experiência. Sempre digo que o cargo de prefeito de São Paulo é de chegada, não de partida. É a consagração da vida pública de alguém, não o início."

    Em mais uma alfinetada no empresário, afilhado do governador Geraldo Alckmin, Matarazzo, que foi secretário municipal da gestão de Kassab na Prefeitura de São Paulo, afirmou que no PSD há pessoas com "experiência" para colocar a cidade "no rumo". "Já fizemos esse trabalho juntos e sabemos onde podemos chegar".

    VICE

    O PSD trabalha agora para atrair alianças em torno da candidatura de Andrea Matarazzo. O partido tem cortejado o PV com a garantia de que os verdes ficariam com a vice na chapa. Nesse caso, o vereador Gilberto Natalini e deputado estadual Roberto Tripoli são os mais cotados.

    Caso a composição não prospere, o PSD deve ir às urnas com uma chapa pura. O presidente da UGT, Ricardo Patah, até então pré-candidato do partido a prefeito, ocuparia a vice.

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