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    o impeachment

    Dilma conclui que não há espaço para todos os ministros do PMDB

    GUSTAVO URIBE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    31/03/2016 08h26

    Adriano Machado - 2.mar.2016/Reuters
    Brazil's President Dilma Rousseff (L) talks to Vice President Michel Temer at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, in this March 2, 2016 file photo. REUTERS/Adriano Machado/Files ORG XMIT: BSB101
    Presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice Michel Temer (PMDB)

    A presidente Dilma Rousseff concluiu na noite da quarta-feira (30) que não há espaço na nova reformulação do governo para acomodar os seis ministros peemedebistas que informaram à petista que pretendem seguir em seus cargos.

    Em reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente avaliou que boa parte deles terá de deixar as pastas para dar espaço a partidos como PP, PR e PSD.

    Nas palavras de um assessor presidencial, nem a permanência do ministro da Saúde, Marcelo Castro, está garantida.

    Nesta quarta-feira (30), o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), chegou a pedir ao Palácio que o ministro seja mantido na possibilidade de pelo menos 25 deputados federais do partido apoiarem Dilma contra a abertura do processo de impeachment.

    O apelo, no entanto, não surtiu efeito. Pelo desenho esboçado na reunião, seriam mantidos apenas Kátia Abreu (Agricultura), Hélder Barbalho (Portos) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). Perderiam seus postos Mauro Lopes (Aviação Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Marcelo Castro (Saúde).

    Segundo Pansera, a presidente deu o prazo até sexta-feira (01) para informar aos ministros peemedebistas quais deles continuarão na Esplanada dos Ministérios.

    "Vou continuar defendendo o governo federal dentro ou fora dele. O PMDB deu ao longo do ano passado maioria para o governo federal. Por que mudar agora? Qual o motivo?", questionou.

    Nas contas do Palácio, Dilma tem hoje 136 votos contra o impeachment e está em busca de pelo menos mais 40 para poder barrar o pedido de afastamento.

    Nesse sentido, o governo ofereceu Saúde ao PP e Minas e Energia ao PR. Ao último, o Palácio também cogita entregar Turismo ou Aviação Civil.

    PSD

    Em relação ao PSD, de Gilberto Kassab, a intenção de Dilma é reabilitar como ministro Guilherme Afif Domingos, que preside atualmente o programa Bem Mais Simples Brasil. A pasta que será entregue, no entanto, não foi definida.

    O governo pretende ainda atender a reivindicação da legenda e entregar cargos em empresas estatais atualmente ocupados por indicados por peemedebistas.

    Apesar de incluir o partido nas mudanças administrativas, o Palácio tem dúvidas sobre a fidelidade do PSD em relação à votação do pedido de impeachment.

    A intenção é anunciar até esta sexta (1º) a nova configuração, meta considerada improvável até mesmo por assessores e auxiliares da presidente.

    Em defesa da estratégia do Palácio, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirma que as trocas de cargos "ocorrem 365 dias por ano". "Não existe espaço vazio na política", disse à Folha.

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