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    Grupo pró-impeachment oferece R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes

    CÁTIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    02/04/2016 15h35

    Alan Marques/Folhapress
    Ciro Gomes se filia ao PDT em ato na sede do partido com liderança partidárias.
    Ciro Gomes durante evento ato de filiação ao PDT na sede do partido com liderança partidárias.

    O Movimento Endireita Brasil, crítico ao governo Dilma Rousseff e ao PT, publicou na noite de sexta-feira (1º) em sua página em uma rede social uma oferta de R$ 1.000 a quem hostilizasse o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) no restaurante em que jantava em São Paulo.

    No texto, o grupo descreveu o restaurante onde Ciro estava, concluindo: "Se alguém estiver por perto, hostilize o cara. Mas ele é esquentadinho. Filmem".

    Em resposta, Ciro divulgou um vídeo gravado por seu filho ainda quando estavam no restaurante.

    No filmete, um amigo cutuca Ciro, simulando uma hostilização. O ex-ministro sugere, então, que o movimento pague os R$ 1.000 ao rapaz que o cutuca. E finaliza: "Seu babaca".

    Ciro Gomes responde a pedido de grupo anti-PT

    Como a página do movimento afirmava que Ciro consumia um vinho Barolo de "centenas de reais" durante o jantar, o político fez questão de responder ainda à mesa. "Barolo é o cacete!".

    Ele soube do desafio publicado na rede social ainda durante o jantar. Conta que estava com três amigos, incluindo seu filho, e ali nasceu a ideia de gravar o que chama de "deboche".

    "Gostaria de esclarecer que eu estava tomando um gim tônica e os outros três dividiram um vinho de R$ 140", disse Ciro.

    O político, que foi ministro no governo Lula, tem criticado o processo de impeachment de Dilma.

    A postagem provocou repercussão nas redes sociais, incluindo a página do movimento.

    Reprodução/Facebook
    Pelo Facebook, grupo pró-impeachment de Dilma ofereceu R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes
    Pelo Facebook, grupo pró-impeachment de Dilma ofereceu R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes

    "Não estamos fazendo nada ilegal. Se quiser hostilizar o Lula, nos limites da lei, pago também", respondeu o autor da proposta antes de o post ser retirado do ar.

    Presidente do Movimento Endireita Brasil, Ricardo Salles, que já foi secretário particular do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), atribuiu a autoria a um dos associados com autorização para publicação nas redes sociais em nome do grupo. Segundo ele, essa foi uma manifestação individual e "fora da média" do movimento.

    Salles conta ter telefonado para o associado que assumiu ter lançado o desafio "num rompante, num gesto de indignação".

    "Os ânimos estão exacerbados", justificou Salles, afirmando que não houve consequências práticas.

    Ele disse ainda que será reduzido o número de associados com direito a falar pelo movimento. Hoje, são cerca de 15.

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