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    o impeachment

    Roberto Jefferson chama Cunha de herói e pede votos pró-impeachment

    BERNARDO MELLO FRANCO
    COLUNISTA DA FOLHA

    06/04/2016 19h58

    Renato Costa/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 06/04/2016, O ex dep,Roberto Jeferson pivo do mensalão retorna ao Congresso depois de 11 anos Ausente da casa. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
    O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, abraça a filha, Cristiane Brasil, na Câmara

    "Eduardo Cunha é meu herói. Estou na torcida por ele e quero uma foto autografada".

    Com elogios ao presidente da Câmara, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) voltou a pisar no Congresso nesta quarta-feira (6), depois de cumprir pena pelo mensalão.

    Ele reapareceu no dia em que o aliado Jovair Arantes (PTB-GO) leu relatório a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    "Até a semana passada eu estava na dúvida, mas agora acho que o impeachment vai passar", disse Jefferson, entusiasmado. "O papel do Cunha se esgotará quando ele presidir a sessão do impeachment. É a última batalha e ele sabe disso".

    Em Brasília pela primeira vez desde que deixou a cadeia, o petebista visitou Michel Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

    Ele prometeu que o PTB apoiará o eventual governo do peemedebista se o impeachment for aprovado. "Temer é um político sereno e sensato. Ele tem condições de pacificar o Brasil", elogiou o ex-deputado.

    Segundo Jefferson, Temer agradeceu o apoio e sinalizou com uma aliança caso assuma o poder. "Ele disse que o Brasil de hoje não tem uma liderança que dê um norte ao país", relatou.

    Na Câmara, o petebista se emocionou e chorou quando a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), sua filha, prendeu em sua lapela o broche que identifica os parlamentares.

    "Foi muito sofrimento", disse Cristiane, referindo-se aos 14 meses que o pai passou na cadeia. Ele estava em prisão domiciliar até o mês passado, quando teve a pena perdoada com base nas regras do indulto natalino.

    Em 2005, Jefferson deu início à maior crise do governo Lula ao denunciar o mensalão em entrevista à Folha. Ele teve o mandato cassado e foi condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    O petebista prometeu pedir votos pelo impeachment e disse que estará em Brasília no dia da votação.

    "Vai haver troca de tapa, pescoção na rua. Sangue, eu não creio que haverá. O PT não vai querer sair do governo deixando de herança um cadáver", afirmou.

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