• Poder

    Sunday, 05-May-2024 12:35:12 -03

    o impeachment

    Andrade doou R$ 35 mi ao PT e R$ 26 mi ao PSDB em 2014, aponta TSE

    DE BRASÍLIA

    08/04/2016 09h59

    Renato Costa/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 05/04/2016, A presidente Dilma Rousseff visita a aeronave KC-390 na Base Aérea de Brasília, nesta terça-feira. A aeronave militar é fabricada pela empresa brasileira Embraer em parceria com a Argentina, Portugal e República Tcheca. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
    A presidente Dilma Rousseff

    Dados do TSE mostram que, juntas, as contas da direção nacional do PT e da candidatura de Dilma na campanha de 2014 receberam R$ 34,6 milhões da Andrade Gutierrez, ante R$ 25,9 milhões dos recursos recebidos pelo comando do PSDB e da campanha de Aécio Neves.

    Desses R$ 34,6 milhões, R$ 20 milhões foram repassados pela empreiteira diretamente para a campanha à reeleição da presidente. Além disso, a direção nacional ainda transferiu R$ 1 milhão que recebeu da Andrade, somando, no total R$ 21 milhões da empreiteira na conta da campanha da candidatura de Dilma.

    Não houve repasse, segundo registros do TSE, especificamente pela empreiteira à campanha de Aécio. Dos R$ 25,9 milhões entregues ao Diretório Nacional tucano, R$ 19 milhões foram para o comitê da campanha presidencial, que então passou R$ 10,2 milhões para a conta criada só para a candidatura e destinou o resto a outras campanhas da legenda.

    A candidatura de Aécio recebeu, além dos R$ 10,2 milhões, ainda R$ 2,5 milhões da direção do partido referentes à doação da Andrade, somando R$ 12,7 milhões recebidos da empreiteira.

    Nesta quinta-feira (7), petistas, incluindo o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) e o senador Lindbergh Farias (RJ), fizeram comparações entre as doações da empreiteira aos petistas e às que foram feitas pela empresa aos tucanos.

    DELAÇÃO PREMIADA

    Como a Folha revelou, a Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do país, fez doações legais às campanhas de Dilma e de seus aliados em 2010 e 2014 utilizando propinas oriundas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico.

    A informação consta da delação premiada do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo e foi sistematizada por ele em uma planilha apresentada à Procuradoria-Geral da República. O ex-presidente e o ex-executivo Flávio Barra detalharam a planilha em depoimentos ocorridos em fevereiro, enquanto negociavam a delação premiada que espera homologação no Supremo Tribunal Federal.

    É a primeira vez que é descrito por um empresário o esquema revelado pela Operação Lava Jato, de financiamento de partidos por meio de propinas de contratos públicos legalizadas na forma de doação eleitoral.

    Os executivos também revelam na delação premiada que as construtoras responsáveis pela obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte combinaram o pagamento de uma propina de R$ 150 milhões, 1% do valor que elas iriam obter pelos contratos firmados.

    Os recursos seriam pagos ao longo da construção da obra e seriam divididos entre PT e PMDB. Cada partido ficaria com uma cota de R$ 75 milhões. Os recursos foram pagos, segundo a delação premiada, na forma de doações legais para campanhas de 2010, 2012 e 2014.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024