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    o impeachment

    Comissão do impeachment deve manter votação por painel eletrônico

    ISABEL FLECK
    DE BRASÍLIA

    10/04/2016 19h15

    Alan Marques/Folhapress
    GALERIA DA SEMANA - ABRIL 01 - BRASÍLIA, DF, BRASIL, 08.04.2016. Deputados levantam cartazes contra e á favor do Impeachment durante Comissão Especial que fdebate o relatório do deputado Jovair Arantes, que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff. (FOTO Alan Marques/Folhapress) PODER
    Deputados levantam cartazes contra e a favor do impeachment durante comissão especial

    O presidente da comissão do impeachment na Câmara, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), deve manter a votação pelo painel eletrônico nesta segunda-feira (11), quando 65 deputados se posicionarão sobre o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) favorável ao afastamento de Dilma Rousseff.

    Rosso chegou a analisar, com técnicos, a questão de ordem apresentada pelo deputado Alex Manente (PPS-SP), pedindo que a votação fosse por chamada oral, na qual cada deputado declararia o voto no microfone.

    A votação do impeachment no plenário será por chamada nominal, e cogitou-se que o mesmo procedimento fosse adotado na comissão.

    A votação nominal no microfone agrada os parlamentares favoráveis ao afastamento de Dilma, já que torna maior a exposição de cada posicionamento. No sistema eletrônico, todos votam ao mesmo tempo, e o resultado é divulgado no painel, com os nomes divididos em "sim" e "não".

    Votação na comissão do impeachment

    A resposta de Rosso será dada na manhã desta segunda, horas antes da votação, mas a tendência é que ele opte pelo painel para não sofrer questionamentos, já que esta é a forma prevista no regimento interno da Câmara. A votação por chamada só deve ser usada, segundo as regras, quando o sistema eletrônico estiver com problemas.

    Levantamento feito pela Folha mostra que já há os 33 votos necessários (maioria simples de 65) para a aprovação do relatório na comissão.

    RITO
    A sessão desta segunda terá início às 10h, com a fala do relator –que terá 20 minutos para réplica dos discursos dos parlamentares na última sexta–, seguida de intervenção do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma. Ele terá entre 15 e 20 minutos.

    Após responder as questões de ordem –inclusive a sobre a forma da votação–, os líderes dos 25 partidos e os dois líderes da minoria e da maioria terão tempo para discursar.

    Rosso tentará um acordo com os líderes para que todos tenham o mesmo tempo de fala. Pelo regimento, o tempo varia entre três e dez minutos, de acordo com o tamanho das bancadas na casa.

    "Vou ver se consigo fazer um acordo que dá tempo igual para todo mundo. Fazer um entendimento de que está todo mundo igual", disse Rosso à Folha, para quem o tempo pode variar entre cinco e dez minutos.

    A mudança beneficiaria partidos favoráveis –PPS, PSC, PV– e contrários ao impeachment – PCdoB, PSOL–, mas também indefinidos como o PTN. Pelo regimento, todos teriam menos de cinco minutos.

    A votação está inicialmente marcada para começar às 17h.

    Na sequência da votação, o resultado será lido no plenário da Câmara no dia seguinte, terça-feira (12) e publicado no diário da Câmara na quarta (13), quando se inicia a contagem de 48 horas para o início da votação em plenário.

    O início do debate e votação no plenário está previsto para sexta-feira (15), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já afirmou que o processo pode durar três dias. Isso faria com que a votação ocorra no domingo (17).

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