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    o impeachment

    Governo tentará blindar deputados de pressões de grupos pró-impeachment

    VALDO CRUZ
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    11/04/2016 13h15

    Com receio de mudanças de posição às vésperas da votação do impeachment, o governo Dilma Rousseff fará ofensiva nas redes sociais para tentar blindar parlamentares da base aliada da pressão de grupos favoráveis ao afastamento da petista.

    Em estratégia articulada pelo Palácio do Planalto, PT e PCdoB aumentarão nesta semana a publicação e o compartilhamento de mensagens contra o processo de impeachment.

    Eles tentarão reforçar o discurso do governo federal de que a saída da presidente trata-se de um "golpe" e que ocorre graças a uma espécie de "conluio" entre o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    O objetivo da iniciativa é dar apoio e suporte aos deputados federais que já anunciaram voto contra o impeachment, evitando que eles se sintam abandonados a menos de uma semana da votação, e diminuir a pressão de grupos favoráveis ao impeachment sobre parlamentares ainda indecisos.

    Além de grupos como Vem pra Rua e MBL (Movimento Brasil Livre), o Palácio do Planalto constatou a atuação da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no movimento nas redes sociais pelo afastamento da petista. Eles detectaram entre 180 e 200 robôs da entidade industrial compartilhando conteúdo favorável ao impeachment.

    Os movimentos que defendem a saída da presidente têm entrado em contato com parlamentares indecisos pessoalmente e por telefone. No domingo (10), eles fixaram placas no gramado em frente ao Congresso Nacional com as fotos dos deputados federais e a indicação de voto deles.

    A ideia é que as iniciativas sejam intensificadas durante toda a semana e no domingo (17), quando está prevista a votação no plenário da Câmara dos Deputados.

    Hoje, o Palácio do Planalto estima contar com cerca de 200 votos contra o impeachment, mas assessores e auxiliares presidenciais ponderam que o número pode mudar até o final da semana. O receio é que sejam vazados novos trechos de delações premiadas, como a de executivos da Andrade Gutierrez.

    São necessários pelo menos 342 dos 513 votos para que o Senado seja autorizado a abrir o processo contra a presidente.

    POSIÇÃO NA comissão - Em levantamento da <b>Folha

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