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    o impeachment

    Ministros deixarão cargos para votar contra impeachment, diz Pansera

    GUSTAVO URIBE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    12/04/2016 13h08

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 02.10.2015. O novo ministro de Ciências e Tecnologia, Celso Pansera, participa da cerimônia de anúncio da reforma ministerial. A presidente Dilma Rousseff anuncia reforma ministerial e nomes dos novos ministros. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O ministro de Ciências e Tecnologia, Celso Pansera

    O ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, informou nesta terça-feira (12) que os ministros peemedebistas que têm cargos na Câmara dos Deputados pedirão licença de seus atuais postos para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo (17).

    Em evento de apoio à petista, Pansera ressaltou que a decisão foi tomada em reunião, na noite de segunda-feira (11), entre os seis ministros peemedebistas. No encontro, eles decidiram não deixar a Esplanada dos Ministérios, apesar da iniciativa do comando nacional do partido de pedir a expulsão deles da legenda.

    Além de Pansera, Marcelo Castro (Saúde) e Mauro Lopes (Aviação Civil) detêm mandatos na Câmara dos Deputados

    Em discurso duro, o peemedebista afirmou que o processo de impeachment representa um "terceiro turno" da eleição presidencial de 2014. "Nós vamos resistir, vamos ganhar e queremos respeito ao terceiro turno, porque vamos ganhar no domingo na Câmara dos Deputados", disse.

    O ministro também fez uma provocação ao áudio divulgado pelo vice-presidente Michel Temer, no qual ele antecipou o discurso de uma eventual derrota do governo no plenário da Câmara dos Deputados.

    Ele lembrou que na gravação o vice-presidente diz que manterá programas sociais do atual governo federal, o que, segundo ele, demonstra que não há necessidade para um impeachment.

    "Eu votei na presidente e no vice-presidente. Se é para manter os programas sociais e se não tem fato determinado, por que o impeachment? Qual o sentido do impeachment? Se não é a disputa da política pela política?", disse.

    O Palácio do Planalto espera contar com votos de peemedebistas e, por isso, prometeu que o PMDB seguirá com o comando de alguns dos seis ministérios que hoje já detêm no governo federal.

    OUTROS ACORDOS

    Para evitar debandada de aliados nesta reta final da votação do pedido de impeachment, o Palácio do Planalto e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começam, a partir desta terça-feira (12), conversas com aliados para reafirmar compromissos de distribuição de ministérios já na próxima semana.

    Segundo a Folha apurou, Lula e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) estão agendando reuniões com PP, PR e PSD para garantir que os acordos feitos nos bastidores sejam formalizados tão logo a Câmara dos Deputados vote o pedido de impeachment.

    O PP deve ganhar o Ministério da Saúde e a presidência da Caixa Econômica Federal. PR tem a promessa de levar mais um ministério de peso e pleiteia o comando do Ministério da Agricultura.

    O PSD vai ter a oferta de uma nova pasta, possivelmente Turismo, para tentar aumentar o número de deputados que votam com o governo.

    Datafolha Congresso

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