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    o impeachment

    'Estarei preparado', diz Michel Temer sobre assumir presidência

    DE BRASÍLIA

    12/04/2016 21h13

    Fernanda Carvalho/O Tempo/Folhapress
    O presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, lidera Caravana da Unidade em Belo Horizonte (MG)
    O vice-presidente Michel Temer

    Num momento em que o governo perde terreno mesmo em partidos que vinham negociando o apoio à presidente Dilma Rousseff na votação do impeachment, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou que estará preparado para assumir o comando do país "se o destino me levar para essa função".

    A declaração foi dada em entrevista à jornalista Eliane Cantanhêde e exibida na noite desta terça-feira (12) na "GloboNews". "Evidente que, cautelosamente, devo aguardar a decisão da Câmara e do Senado", ressalvou Temer. "Sem ser pretensioso, mas muito modestamente, devo dizer que tenho uma vida pública já com muita experiência. Não falarei aqui do meu currículo (...). Se o destino me levar para essa função, e mais uma vez eu digo que devo aguardar os acontecimentos, é claro que eu estarei preparado."

    O vice afirmou ainda que sua confiança vem do fato de que "o que pauta a minha atividade é o diálogo" e que trabalhará para formar uma coalização que será capaz de tirar o país da crise.

    "Não que eu seja capaz, individualmente, de resolver os problemas. Mas sei que por força do diálogo e portanto coletivamente, com todos os partidos e setores da sociedade, nós tiraremos o país da crise", afirmou.

    Temer disse ainda que passou a rebater os ataques do governo por ter passado a ser chamado, "por exemplo, de golpista". "O que faço hoje não é guerrear, é me defender", afirmou.

    Temer voltou a condenar a pregação por eleições gerais e disse que esse script foge ao previsto pela constituição. "Seria uma ruptura", disse o vice.

    Por fim, Temer afirmou que também está preparado para a possibilidade de o impeachment não ser aprovado e recorreu a uma ironia para definir como ficaria sua relação com o Planalto caso Dilma derrube o afastamento na Câmara.

    "Ao longo deste período em que fui vice-presidente nunca tive um chamamento efetivo para participar das questões de governo. De modo que, digamos assim, se nada acontecer, tudo continuará como dantes", declarou, e depois caiu na risada.

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