• Poder

    Sunday, 28-Apr-2024 20:48:12 -03

    Em Operação Acrônimo, PF prende suposto operador de Pimentel

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    15/04/2016 13h10

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL 02.03.2016. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, participa da assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta entre a União, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e a Samarco Mineradora S/A(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel

    A ação desta sexta-feira fez parte da Operação Acrônimo, que teve início com a investigação de supostas ilegalidades cometidas pela campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

    O pedido de preventiva de Bené baseou-se numa suposta consultoria que ele prestou à montadora Caoa.

    Um relatório da PF identificou indícios de que a empresa pagou propina a Bené, que é amigo de Pimentel, para obter benefícios fiscais junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), pasta que foi comandada pelo petista entre 2011 e 2014.

    LOBISTA

    Mensagens telefônicas interceptadas pela PF indicam que Bené atuou como lobista da montadora.

    A investigação revela contatos do operador com o então ministro do MDIC, Mauro Borges, que chegou à Esplanada por indicação do governador mineiro, seu antecessor na pasta.

    As informações constam no relatório da Operação Acrônimo, que apura suspeitas de desvios de recursos para a campanha de Pimentel, em 2014, a suposta prática de tráfico de influência por parte do petista e também lavagem de dinheiro e corrupção. Bené chegou a ser preso na primeira etapa da operação, em maio do ano passado. Ele pagou fiança e foi liberado dias depois.

    ACRÔNIMO

    A operação é consequência da investigação que começou em outubro do ano passado, durante as eleições, com a apreensão do avião que acabara de pousar no aeroporto de Brasília vindo de Belo Horizonte.

    Além de Bené, estava no avião Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades –dominado pelo PP. Ele havia pedido licença do governo naquele ano para trabalhar na campanha de Pimentel, ex-ministro do governo Dilma Rousseff e eleito governador de Minas pelo PT.

    Trombiere afirmou, na época, que estava de carona no avião monitorado pela polícia e que carregava cerca de R$ 6.000 sacados de sua própria conta bancária para eventuais despesas médicas.

    Também na época, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que a apreensão não poderia ser colocada na conta do partido. O mesmo fez a coligação de Pimentel, que afirmou que não poderia ser responsabilizada pelos valores.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024