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Poder
Friday, 03-May-2024 09:35:34 -03Líder do governo ataca 'caravanas' ao Palácio do Jaburu
DÉBORA ÁLVARES
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA15/04/2016 13h18
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), atacou na manhã desta sexta-feira (15) o vice-presidente da República, Michel Temer, por usar a residência oficial, o Palácio do Jaburu, para fazer as articulações políticas a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
O petista usou o tempo de líder durante a sessão em que teve início a análise do processo de afastamento da presidente. Ao criticar o vice, Guimarães fez uma comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hospedado no hotel Royal Tulip, em Brasília, desde o início da semana, onde tem recebido aliados em busca de votos favoráveis ao governo.
"É mais grave estar no hotel articulando ou no Jaburu recebendo dezenas de caravanas e discutindo ministérios?", questionou o líder petista.
Para o deputado, ao se reunir com defensores do impeachment de Dilma, o "vice presidente da república assume uma posição, comanda uma posição de querer governar o país".
Mantendo o discurso que o PT tem defendido desde o início da tramitação do processo na Câmara, em dezembro, quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu andamento ao caso, Guimarães disse que não há "objeto jurídico".
"Vamos cassar a presidente porque estamos insatisfeitos, não tem mais jeito?", questionou e continuou: "Estou convencido. Temos voto para derrotar. Eles não têm voto para aprovar esse impeachment. Não é dessa forma, dar o golpe, a qualquer preço, a qualquer custo", encerrou.
A sessão desta sexta começou, como previsto, pontualmente às 8h55, com a exposição da acusação. O advogado Miguel Reale Jr., um dos autores do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, argumentou os motivos para o afastamento da petista.
Em seguida, tomou a tribuna da Câmara, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que adotou duro discurso contra a oposição e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem acusou de "chantagem" por ter acatado o pedido de afastamento de Dilma.
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