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    o impeachment

    Em vídeo, Dilma acusa Temer de querer acabar com programas sociais

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    15/04/2016 23h59

    Em um discurso duro, a presidente Dilma Rousseff chamou de "traidores da democracia" os defensores do impeachment no Congresso Nacional e disse que estará sempre "gravada na testa" deles a palavra golpe.

    A fala faz parte de pronunciamento que seria exibido em cadeia nacional nesta sexta-feira (15), dois dias antes da votação do processo na Câmara dos Deputados; por orientação da AGU e pelo medo de panelaços pelo país, a Presidência suspendeu a veiculação e divulgou o vídeo apenas nas redes sociais.

    No pronunciamento, Dilma acusou o vice-presidente Michel Temer de querer revogar direitos e cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

    Segundo ela, o grupo do vice-presidente ameaça ainda a educação pública, ao querer "abrir mão da soberania nacional mudando o regime de partilha" do pré-sal e entregando-o "às multinacionais estrangeiras".

    "Os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder será necessário impor sacrifícios à população brasileira", disse. "Estão dispostos a violentar a democracia e rasgar a Constituição Federal, espalhando a intolerância, o ódio e a violência entre nós."

    Segundo a presidente, o processo de impeachment é uma "aventura golpista" e a denúncia do processo é "a maior fraude jurídica e política da história de nosso país".

    "Podem justificar a si mesmos, mas nunca poderão jamais olhar nos olhos da nação, porque a palavra golpe estará sempre gravada na testa dos traidores da democracia", criticou.

    De acordo com ela, nenhum governo federal será legítimo sem nascer do voto popular. A presidente disse ainda que não cometeu nenhum crime de responsabilidade e não há contra ela nenhuma denúncia de corrupção ou desvio de dinheiro público.

    "Meu nome não está em nenhuma lista de propina, tampouco sou suspeita de qualquer delito contra o bem comum", disse.

    "Não se trata de ser contra ou a favor do governo, mas de combater um golpe de Estado, que poderá mergulhar o país em um doloroso processo de instabilidade e de insegurança."

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