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    o impeachment

    Análise

    Reta final contrasta televisão nacional com imprensa estrangeira

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    17/04/2016 13h00

    A cobertura chegou às portas da votação do impeachment com o "Jornal Nacional" destacando que "Dilma diz que vão acabar com os programas sociais se ela for afastada", mas que "Michel Temer afirma que a presidente mentiu de maneira rasteira".

    Foi na escalada de manchetes de sábado (16), que também apontou que "ex-presidente da Andrade Gutierrez diz que o Partidos dos Trabalhadores exigiu pagamento de propina pela construção de uma siderúrgica na Venezuela".

    Ao longo do telejornal, "um homem que chegou com a comitiva de Lula agrediu manifestantes".

    Por outro lado, "New York Times", "Wall Street Journal" e "Washington Post", os três principais jornais americanos, destacaram nesta reta final reportagens enfatizando as denúncias contra os líderes do movimento para derrubada de Dilma.

    Em sua home page e na primeira página, o "NYT" trouxe reportagem sobre os casos "que observadores dizem que são mais sérios do que as acusações feitas contra ela". Na versão impressa, fotos de Eduardo Cunha e Michel Temer.

    O "WSJ" se concentrou em Cunha, também com foto, enfatizando que o "político que lidera ataque para impedir Dilma Rousseff" foi, ele próprio, "indiciado".

    Já o "WP" foi explicativo, também com atenção na home: "Veja aqui por que algumas pessoas pensam que o Brasil está no meio de um golpe 'soft'".

    Os três vêm na esteira do "Los Angeles Times", que já havia alertado que "os políticos votando para impedir a presidente do Brasil são acusados de mais corrupção do que ela".

    O mesmo "LA Times", às portas da votação do impeachment, já chama a atenção para o que vem por aí, com "a crise da democracia", golpe ou não. "É hora de enfrentar a realidade: O Brasil tem uma população em completo estrondo, uma tempestade perfeita para o ativismo contra a Olimpíada".

    Para Glenn Greenwald, morador do Rio e jornalista premiado nos EUA e no Brasil pela cobertura das revelações de Edward Snowden, "a mídia global está reportando a crise de maneira radicalmente diferente do que o círculo Globo/Abril dominante no Brasil".

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