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    o impeachment

    Waldir Maranhão diz que PP terá 12 votos contra impeachment; aliados contestam

    MARINA DIAS
    DANIELA LIMA
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    17/04/2016 15h25

    O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou neste domingo (17) que seu partido, o PP, contabiliza 12 votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    Em coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara, acompanhado do líder do PT na Casa, José Guimarães (CE), Maranhão afirmou: "Venho aqui diante do Brasil e do mundo reafirmar que nós, do Partido Progressista, em número de 12 deputados, estamos trabalhando para [conseguir] mais [votos].Somos contra o impeachment. Somos a favor do Brasil".

    Sob pressão de aliados do vice-presidente Michel Temer para mudar de posição, Maranhão disse que reconhece o "momento delicado do país" e disse que tem trabalhado para conseguir mais quatro votos de última hora no PP.

    "Estou muito consenciente e sei o que representa hoje o impeachment para o Brasil e para o Maranhão. Por isso, sou radicalmente contra", disse.

    O PP tem uma bancada composta por 47 deputados e fechou questão para o voto a favor do afastamento da presidente. Eventuais dissidentes poderão ser punidos.

    Nos bastidores, deputados do PP afirmam que o número de Maranhão é irreal e que ele conseguirá, no máximo, seis votos a favor de Dilma.

    Após a coletiva, Guimarães entrou no plenário da Câmara ao lado de Maranhão, de forma a exibi-lo como um "troféu" para deputados eventualmente indecisos e para a oposição. No final da manhã, o petista dizia que Maranhão estava favorável ao impeachment.

    A posição de Waldir Maranhão era duvidosa desde a primeiras horas deste domingo, quando começaram a circular informações de que ele havia mudado de ideia e passara a engrossar as fileiras dos oposicionistas.

    As negociações com o PP estão gerando polêmica às vésperas da votação. O governo contava com a legenda para tentar engrossar o número de parlamentares contrários ao impedimento de Dilma.

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia costurado acordos e conseguido virar alguns votos de dissidentes pepistas, aliados de Maranhão e do deputado Dudu da Fonte (PE). Em articulações na madrugada deste domingo, porém, o vice-presidente Michel Temer conseguiu virar o voto de parlamentares do PP.

    Depois disso, Dudu da Fonte foi convencido a abandonar o Planalto, mesmo com a oferta de ganhar um ministério, e apoiar o afastamento de Dilma. "Nós estamos juntos a favor do impeachment", disse Dudu neste sábado (16).

    No PMDB, o vice-presidente conseguiu o apoio de dois parlamentares que se consideravam indecisos: o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes (MG), e José Priante (PA).

    Para o último, a vitória do impeachment "está garantida". Nas contas do grupo de Temer, Dilma deve ter cerca de oito votos no partido, incluindo a abstenção do deputado federal Aníbal Gomes (CE).

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