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    o impeachment

    FHC diz que impeachment é 'violento', mas não traz 'risco à democracia'

    DE SÃO PAULO

    18/04/2016 15h11

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    São Paulo, SP, Brasil. 16.03.2016. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante palestra dirigida ao mercado de seguro, no bairro de Moema, na zona sul da cidade. (Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress - Poder) ***EXCLUSIVO***
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante palestra dirigida ao mercado de seguro

    Um dia após a aprovação na Câmara da abertura do processo de impeachment, que ainda precisa votado no Senado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso classificou o processo como "violento". Segundo ele, porém, uma saída da presidente eleita Dilma Rousseff não caracterizaria risco à democracia do Brasil.

    "Ninguém pode colocar como objetivo político a chegada ao impeachment. Ele tem que ser uma consequência de atos e fatos de duas dimensões: uma é jurídica, a Constituição tem que dizer se aquilo é ou não crime de responsabilidade, e outro é política, se o governo tem força ou não para governar. Quando se juntam essas coisas é muito difícil evitar o processo. Mas tem que ser dentro da regra. Em todo esse debate que estamos vivendo hoje eu não creio que haja riscos à democracia", afirmou FHC.

    "É um processo violento porque nós temos que contrapor a vontade do povo com a decisão político-jurídica que emana do Congresso", completou.  

    O ex-presidente participou do seminário "Desafios ao Estado de Direito na América Latina - Independência Judicial e corrupção" promovido pela Fundação Getúlio Vargas e pelo Bingham Centre of Rule of Law, de Londres.

    Fernando Henrique afirmou que vê o Brasil mais maduro e comemorou o fato de não terem sido registrados muitos casos de conflitos entre manifestantes que foram às ruas neste domingo (17).

    "O que impressionou mais ontem foi o povo, que está maduro. Estamos passando por um momento difícil e não houve conflito. É preciso manter a calma, o Brasil é de todos. Pelas circunstâncias, sou obrigado a reconhecer que o governo já não tem mais condições de governar, além de ter arranhado a Constituição", opinou.

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