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O economista Armínio Fraga, sondado para assumir a Fazenda em eventual governo Temer |
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Poder
Tuesday, 07-May-2024 15:51:04 -03Fraga descarta chance de assumir Fazenda em eventual governo Temer
ÉRICA FRAGA
DANIELA LIMA
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA20/04/2016 02h00
Nome predileto do vice-presidente Michel Temer para ocupar o Ministério da Fazenda em seu eventual governo, o economista Armínio Fraga descartou a possibilidade por achar que não tem o perfil ideal para o cargo na atual conjuntura. "Não sou a pessoa certa para o momento", afirmou ele à Folha.
Conforme antecipou a coluna 'Painel', o economista foi sondado por Temer após a aprovação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados no domingo (17), mas recusou.
Segundo Fraga, que ocupou a presidência do Banco Central durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, tanto as medidas quanto os nomes que integrarão um possível governo deveriam resultar da consideração de fatores políticos e econômicos.
O importante, na opinião dele, é que "o caminho geral esteja claro". Para Fraga, o documento de orientação liberal "Uma ponte para o futuro", elaborado pelo PMDB com a colaboração de um grupo de economistas, vai na direção correta.
O texto, que foi apelidado de Plano Temer, sugere a adoção de medidas para limitar o aumento dos gastos públicos. Traz, por exemplo, propostas como a desvinculação de benefícios da Previdência dos reajustes concedidos ao salário mínimo.
Fraga se comprometeu a enviar estudos e indicar nomes para a área econômica de uma gestão Temer. O acordo foi firmado durante jantar em São Paulo na noite desta segunda-feira (18), do qual participaram além do vice e do economista o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB.
Segundo Aécio, Armínio reconheceu que o momento é grave, mas ressaltou que a situação seria pior se a Câmara não tivesse aprovado a continuidade do processo de impeachment de Dilma.
Para Aécio, o vice terá um prazo curto para mostrar a que veio e, por isso, deve acertar, ainda que apenas internamente, todo o time que tocará a economia.
Aí entrará a colaboração de Armínio Fraga. O economista ressaltou que há muitos nomes no mercado, gente jovem, entre 35 e 40 anos, que poderia auxiliá-lo.
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