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    o impeachment

    Fraga descarta chance de assumir Fazenda em eventual governo Temer

    ÉRICA FRAGA
    DANIELA LIMA
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    20/04/2016 02h00

    Mauro Pimentel/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, 11.11.2015: ENTREVISTA ARMINIO FRAGA - Entrevista exclusiva com o economista Arminio Fraga para a Folha de Sao Paulo. (Foto: Mauro Pimentel/Folhapress, FSP-MERCADO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    O economista Armínio Fraga, sondado para assumir a Fazenda em eventual governo Temer

    Nome predileto do vice-presidente Michel Temer para ocupar o Ministério da Fazenda em seu eventual governo, o economista Armínio Fraga descartou a possibilidade por achar que não tem o perfil ideal para o cargo na atual conjuntura. "Não sou a pessoa certa para o momento", afirmou ele à Folha.

    Conforme antecipou a coluna 'Painel', o economista foi sondado por Temer após a aprovação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados no domingo (17), mas recusou.

    Segundo Fraga, que ocupou a presidência do Banco Central durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, tanto as medidas quanto os nomes que integrarão um possível governo deveriam resultar da consideração de fatores políticos e econômicos.

    Time de temer

    O importante, na opinião dele, é que "o caminho geral esteja claro". Para Fraga, o documento de orientação liberal "Uma ponte para o futuro", elaborado pelo PMDB com a colaboração de um grupo de economistas, vai na direção correta.

    O texto, que foi apelidado de Plano Temer, sugere a adoção de medidas para limitar o aumento dos gastos públicos. Traz, por exemplo, propostas como a desvinculação de benefícios da Previdência dos reajustes concedidos ao salário mínimo.

    Fraga se comprometeu a enviar estudos e indicar nomes para a área econômica de uma gestão Temer. O acordo foi firmado durante jantar em São Paulo na noite desta segunda-feira (18), do qual participaram além do vice e do economista o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB.

    Segundo Aécio, Armínio reconheceu que o momento é grave, mas ressaltou que a situação seria pior se a Câmara não tivesse aprovado a continuidade do processo de impeachment de Dilma.

    Para Aécio, o vice terá um prazo curto para mostrar a que veio e, por isso, deve acertar, ainda que apenas internamente, todo o time que tocará a economia.

    Aí entrará a colaboração de Armínio Fraga. O economista ressaltou que há muitos nomes no mercado, gente jovem, entre 35 e 40 anos, que poderia auxiliá-lo.

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