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    o impeachment

    Cardozo defende eventual fala de Dilma na ONU sobre impeachment

    RUBENS VALENTE
    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    20/04/2016 15h54

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, conversa com jornalistas após reunião com senadores petistas
    O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, após reunião com senadores petistas

    O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta quarta-feira (20) o direito de a presidente Dilma Rousseff de eventualmente falar em assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a votação do impeachment que derrotou o governo na Câmara dos Deputados no último domingo (17).

    "É uma decisão que ela toma, é legítimo que o faça, ela fará no exercício de suas funções como representante do Estado brasileiro", disse o ministro ao sair de sessão no STF (Supremo Tribunal Federal) que julgaria nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mas foi adiada por decisão do tribunal.

    O evento na ONU está previsto para a sexta (22) em Nova York (EUA), e Dilma planeja qualificar o impeachment como "golpe", segundo a Folha apurou. Cardozo, porém, não confirmou o teor do pronunciamento. "Não cabe a mim definir isso, eu faço apenas a defesa jurisdicional. O que ela irá falar é uma decisão dela e daqueles que a acompanham na área internacional."

    Cardozo repeliu a possibilidade de alguma parte contrariada contestar judicialmente o discurso de Dilma.

    "A presidente da República é chefe de governo e chefe do Estado, ela tem o direito de representar o pais com pronunciamento naquilo que ela acha que deve fazer. Ela está no exercício pleno do seu mandato e como tal deve agir."

    Indagado sobre a opinião de ministros do STF que, minutos antes, haviam criticado à imprensa uma eventual "denúncia internacional" de Dilma sobre o processo na Câmara, Cardozo respondeu: "Os ministros falam como cidadãos, expressando sua opinião. Não está em apreciação, em disputa, essa questão no STF. Há que se respeitar a opinião de todos os cidadãos, como também há que se respeitar a posição de uma chefe de Estado que legitimamente vai representar o país no exterior em um evento que ela já havia confirmado anteriormente".

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