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    o impeachment

    Dilma é recebida em Nova York com protesto contra impeachment

    MARCELO NINIO
    DE WASHINGTON

    21/04/2016 22h51

    A presidente Dilma Rousseff chegou a Nova York (EUA) por volta das 21h45 (horário de Brasília) desta quinta-feira (21).

    Dilma era aguardada por cerca de 40 manifestantes contrários ao impeachment em frente à casa do embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), Antônio Patriota.

    Ao chegar à residência do embaixador, a presidente caminhou até os manifestantes, de quem recebeu flores e palavras de apoio. Sorrindo, abraçou algumas manifestantes e depois entrou no prédio, sem falar com a imprensa.

    "Força", disse a antropóloga amazonense Natasha Antony, 33, quando a presidente chegou perto. "Fiquei muito emocionada, imagino o que ela deve estar sofrendo."

    A viagem faz parte de uma estratégia para obter apoio internacional contra o impeachment. Dilma participará da assinatura do Acordo de Paris, na sede da ONU na sexta (22). Em Nova York, a petista pretende reforçar a tese de que o pedido de afastamento dela do cargo é um "golpe de Estado".

    Segundo um assessor da presidente, o discurso na ONU será centrado no tema do clima e terá poucas menções a crise no Brasil, talvez "apenas uma frase", afirmou. Ele descreveu o estado de espírito de Dilma de "tranquilidade".

    Depois do pronunciamento, ela dará entrevista a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros e participará de um almoço na ONU. A presidente ainda não decidiu se voltará ao Brasil na sexta à noite ou no sábado (23).

    A historiadora Flavia Ribeiro Veras, uma das organizadoras da manifestação em Nova York, disse que apoia a decisão de Dilma em falar na ONU sobre a crise no Brasil. "Se a ONU discute guerras, também deve discutir golpes", disse ela.

    Eles planejam repetir a manifestação nesta sexta de manhã perto da ONU, antes do discurso da presidente.

    Marcelo Ninio/Folhapress
    Rafael Pops, 37, um dos manifestantes na porta da casa de Antonio Patriota, em Nova York, à espera da presidente Dilma Rousseff que viajou para discursar na ONU
    Rafael Pops, 37, um dos manifestantes na porta da casa de Antonio Patriota, em Nova York
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