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    Defesa pede para Conselho afastar procurador da Lava-Jato do caso Lula

    DE BRASÍLIA

    27/04/2016 21h32

    Danilo Verpa/Folhapress
    O ex-presidente Lula na abertura do seminário internacional da Aliança Progressista, no hotel Maksoud Plaza, em SP, nesta segunda-feira
    O ex-presidente Lula na abertura do seminário internacional da Aliança Progressista, em SP

    A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (27) com pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público afaste o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava jato, das investigações contra o petista e seus familiares.

    Os advogados acusam o procurador de agir com parcialidade e antecipar juízo sobre as apurações envolvendo Lula e seus familiares sem ter nenhum fato concreto para imputá-lo como culpado.

    Segundo os defensores, Lima teria afrontado o princípio da presunção da inocência e sigilo de Justiça, além de ter revelado um anseio pessoal em envolver indevidamente o ex-presidente na Lava Jato.

    A defesa utiliza como base do pedido entrevista concedidas por Lima e apontam que ele tratou de questões sobre investigação sigilosa e que atualmente está sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal.

    O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, determinou que o juiz Sergio Moro enviasse as investigações envolvendo o ex-presidente para o tribunal decidir de quem será a competência para investigar. Isso porque foram alcançadas pessoas com foro privilegiado em interceptações telefônicas feitas pela força-tarefa, que só podem ser investigadas com aval do STF.

    "As declarações de pré-julgamento, que, reproduzidas à exaustão pela mídia configuram verdadeiro tribunal paralelo, começaram no dia 4 de março, em coletiva quando da condução coercitiva ilegal feita contra o ex-presidente. E continuaram", dizem os advogados.

    Para os advogados de Lula, "tal conduta é extremamente grave, não podendo ser tolerada, principalmente por tratar-se de reincidência na questão."

    Na ação, os advogados citam texto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em que exorta os integrantes do MP a agirem de forma serena e dentro da lei.

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