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    Temer avalia corte de gastos e pente-fino em programas sociais

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    27/04/2016 22h50

    Ueslei Marcelino - 16.dez.2015/Reuters
    GALERIA TRAJETÓRIA MICHEL TEMER - Brazil's President Dilma Rousseff (R) and Vice President Michel Temer listen to Brazil's national anthem before an annual lunch with general officers in Brasilia, Brazil, December 16, 2015 in this file photo. President Dilma Rousseff's opponents within her main coalition partner, the fractious Brazilian Democratic Movement Party (PMDB), are losing hope that they can impeach the leftist leader and replace her with their man, Vice President Michel Temer. A Supreme Court ruling last month that expanded the authority of the
    A presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer

    Nos primeiros dois meses à frente da Presidência da República, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada temporariamente do cargo, o vice-presidente Michel Temer pretende adotar medidas econômicas de curto prazo para tentar recuperar o desempenho da economia e a credibilidade do governo junto ao mercado.

    Em um esforço de corte de custos, o peemedebista quer reduzir de 32 para 25 o número de ministérios e avalia um pente-fino geral nos gastos governamentais para avaliação de suas demandas e impactos, incluindo programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

    Como previsto no programa governamental "Ponte para o Futuro", elaborado pelo vice-presidente, a ideia é constatar se as atuais iniciativas e medidas estão atendendo seus objetivos iniciais e o público alvo para os quais foram criadas. O pente-fino deverá se estender também para alugueis, fornecedores e pessoal.

    Além disso, a equipe do peemedebista quer fixar um teto para as despesas de custeio, mas não foi definido ainda o critério para o limite. No "Ponte para o Futuro", há previsão de que ele seja estabelecido por meio de lei e seja inferior ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

    No período, a ideia é também iniciar no Congresso Nacional uma discussão sobre a realização de reformas previdenciária e trabalhista, que deverão ser efetuadas, contudo, em um segundo momento da gestão interina.

    O comando peemedebista defende a necessidade de fixação de uma idade mínima para aposentadoria, proposta que enfrenta resistência entre as centrais sindicais.

    Os homens de Temer

    Para evitar um desgaste de partida, Temer defende que a questão seja melhor discutida antes do envio de uma proposta ao Congresso Nacional.

    O peemedebista também pretende criar um programa de concessões e privatizações, que será gerido pelo ex-ministro Moreira Franco, que deverá ocupar cargo de assessor especial.

    Nas palavras de um aliado do peemedebista, o vice-presidente precisará logo de cara mostrar que fará mudanças efetivas e que fará uma gestão superior a de Dilma. Além disso, terá de aproveitar uma espécie de "lua de mel" com o Congresso Nacional.

    Nos cálculos do grupo do peemedebista, nos primeiros 60 dias, será possível contar com uma base aliada de cerca de 400 deputados federais e 56 senadores, quantidade que poderá ser reduzida caso o governo não consiga estabilizar a economia.

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