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    o impeachment

    'Vai virar rotina', diz líder do MTST sobre bloqueios de vias pelo país

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    28/04/2016 16h32

    O coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, afirmou, nesta quinta-feira (28), que os bloqueios de vias pelo país vão "virar rotina" caso o vice-presidente Michel Temer assuma e reduza direitos dos trabalhadores.

    Junto do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) e do movimento Brigadas Populares, o MTST organizou 26 atos pelo país, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais e no Distrito Federal. Em São Paulo, duas pessoas foram detidas pela Polícia Militar, segundo o MTST.

    A Frente Povo Sem Medo, composta pelo MTST e outros movimentos sociais, planeja outro dia de paralisações na próxima semana, ainda sem data, com greves convocadas por sindicatos e novos bloqueios de vias.

    "O que ocorreu hoje foi uma primeira resposta ao processo golpista, à escalada golpista no Brasil, e que tem a ver não apenas com o processo político do impeachment, mas com o que está vindo junto do ponto de vista de agenda econômica e social proposta pelo senhor Michel Temer", afirmou.

    "No ritmo em que estão as coisas, nós vamos entrar em um período grave de instabilidade social e política no país, uma instabilidade que vai ter a presença dos movimentos populares organizados nas ruas, para impedir qualquer ataque de direitos", disse Boulos.

    Boulos disse que a fala não é uma "ameaça", mas "a compreensão da dinâmica e da história da luta social no país". "Se vier um governo sem legitimidade, para atacar direitos trabalhistas de forma feroz, implementar e generalizar a terceirização, atacar aposentadorias, o que se espera que vá ser a reação dos trabalhadores organizados no Brasil, ficar sentado, observando? Evidente que não", afirmou.

    O líder do MTST afirmou que os bloqueios desta quinta não eram "pró-Dilma", mas "em defesa da democracia e contra o corte de direitos".

    Ele ainda comparou a repercussão dos bloqueios desta quinta com os atos realizados na Paulista a favor do impeachment. "Quando é a Paulista de verde e a amarelo, valoriza-se o direito à manifestação e a festa da democracia. Quando é na periferia e de vermelho, aí fala-se no direito de ir e vir", disse.

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