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    o impeachment

    Temer e Aécio acertam participação de PSDB em eventual governo

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    29/04/2016 00h00

    Eduardo Anizelli/Sérgio Lima/Folhapress
    O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves
    O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves

    O vice-presidente Michel Temer e o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, acertaram na noite desta quinta-feira (28) a participação do partido de oposição no eventual governo do peemedebista caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada temporariamente do cargo em maio pelo Senado Federal.

    Em encontro na capital paulista, Aécio informou a Temer que o partido aceita integrar a administração interina com a ocupação de cargos na equipe ministerial.

    Ficou combinado, no entanto, que só serão oficializados convites a tucanos após a entrega pela cúpula nacional do partido de documento com propostas de mudanças para o país, o que está programado para ocorrer na próxima terça-feira (3).

    Mais cedo, o senador José Serra (PSDB-SP) foi sondado pela equipe do peemedebista para comandar o Ministério das Relações Exteriores em um eventual governo peemedebista e, segundo a Folha apurou, ele demonstrou disposição de assumir o posto.

    Além dele, Temer cogita entregar a Secretaria de Direitos Humanos para a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP).

    Em um aceno público ao PSDB, o vice-presidente afirmou nesta quinta-feira (28) que não será candidato à sucessão presidencial em 2018 e que apoiará proposta de fim da reeleição no país caso seja apresentada ao Congresso Nacional.

    A declaração teve como objetivo atrair o apoio das diferentes alas do maior partido de oposição do país ao peemedebista.

    Um dos mais resistentes à participação do PSDB no provável governo Temer, o governador Geraldo Alckmin recuou e afirmou nesta quinta que o "partido não vai proibir ninguém de ter cargos" na gestão peemedebista.

    "O partido não vai proibir ninguém que queira aceitar participar [do eventual governo Temer], se for convidado", disse Alckmin.

    A declaração foi feita depois de Alckmin ter se reunido por mais de uma hora com o presidente nacional do PSDB no Palácio dos Bandeirantes.

    Antes, também em São Paulo, Aécio se encontrou com ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o para discutir a redação final do texto que reúne um conjunto de "sugestões emergenciais" para o país em um provável governo Temer.

    De acordo com Aécio, há hoje uma convergência no partido de que o PSDB não deve se negar a dar sua contribuição ao governo Temer, mas que isso "não depende de nenhuma contrapartida de cargos".

    "Saio daqui hoje percebendo que há uma absoluta convergência tanto em relação ao que o governador Alckmin pensa, o que o presidente Fernando Henrique pensa e o conjunto do partido", afirmou Aécio.

    Os homens de Temer

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