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    o impeachment

    BB e Petrobras desistem de bancar atos do Dia do Trabalho

    THAIS ARBEX
    DE SÃO PAULO

    30/04/2016 02h00

    O Banco do Brasil e a Petrobras decidiram não patrocinar os atos do Dia do Trabalhado promovidos pela Força Sindical e pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Segundo a Folha apurou, o BB decidiu não investir nos eventos deste ano por considerá-los "mais politizados", por causa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

    De acordo com informações da Força Sindical, confirmadas pela reportagem com o banco, o BB investiu R$ 100 mil no ato de 2015. A Petrobras, segunda a central, repassou R$ 250 mil. A estatal não quis se manifestar sobre valores, afirmou apenas que decidiu não patrocinar os atos deste ano.

    Em nota, afirmou que "a companhia recebeu proposta de patrocínio e optou por não apoiar os eventos".

    Também no ano passado, segundo o próprio Banco do Brasil, a CUT recebeu R$ 200 mil e a UGT (União Geral dos Trabalhadores), R$ 50 mil para os seus atos em São Paulo.

    Procurado, o BB afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "iniciou a análise e as negociações" com as centrais, mas que os patrocínios "não foram aprovados pelas instâncias decisórias".

    A Folha apurou, no entanto, que as direções da Força Sindical e da CUT só foram informadas na última quinta-feira (28), às vésperas dos atos, que o patrocínio não seria concretizado.

    Os materiais de divulgação do ato da Força já haviam sido impressos com o logo do banco. A central deve agora improvisar uma maneira de esconder a marca.

    O evento da Força, na praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista, será usado como palco para a oposição defender o impeachment de Dilma Rousseff. Sem Banco do Brasil e Petrobras, o ato acontecerá com o patrocínio de empresas privadas, como a Hyundai, Nestlé, Brahma, Hydra e Corona.

    Presidente da Força e um dos principais articuladores do processo de deposição da petista na Câmara, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) convidou parlamentares do PMDB, PSDB e DEM para discursarem no ato.

    A senadora Marta Suplicy (SP) deve assumir o papel de porta-voz do PMDB e do provável governo Michel Temer. Chamado a participar do ato, o vice recusou o convite sob o argumento de que seria muita exposição às vésperas de o Senado votar a admissibilidade do processo de afastamento da presidente.

    Na lista de confirmados estão os deputados Mendonça Filho (DEM-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE), Carlos Sampaio (PSDB-SP), André Moura (PSC-SE), Major Olímpio (SD-SP), Darcísio Perondi (PMDB-RS), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rubens Bueno (PPS-PR).

    Com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, a CUT realizará seu ato no Vale do Anhangabaú, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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