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    o impeachment

    Para Paulinho da Força e Marta Suplicy, Dilma age com desespero

    ANA PAULA MACHADO
    DE SÃO PAULO

    01/05/2016 10h29

    O anúncio de um "pacote de bondades" feito pela presidente Dilma Rousseff neste domingo (1º) é "um ato de desespero e vingança", afirmou o deputado federal pelo Solidariedade, Paulinho da Força. Dilma anunciou reajuste no Bolsa Família e na tabela do Imposto de Renda.

    "Ela (Dilma) já não consegue mobilizar mais ninguém. O povo já não acredita mais nela", disse Paulinho no ato da Força Sindical, em São Paulo, que reuniu artistas e políticos da oposição.

    O deputado disse, ainda, que o reajuste na tabela do Imposto de Renda (IR) deveria ser de 72%, e não de 5%, como o estimado.

    "A defasagem na tabela é de 72%. Por isso, acreditamos que essa medida não passa de uma vingança."

    A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), ex-ministra do governo Dilma e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, também viu nas medidas "desespero do atual governo". Segundo ela, esse aumento no benefício deveria ser conversado com a próxima gestão, o que seria normal em uma transição.

    Atos em SP

    TRANSIÇÃO

    "O reajuste pode ser feito, está previsto no orçamento, mas não deve ser feito no desespero, ou para deixar uma marca. Mostra a postura do governo em atrapalhar a transição, em retirar todos os documentos. É realmente um ato de desespero", disse.

    A ex-petista, que foi vaiada no início de seu discurso, defendeu um acordo entre trabalhadores e empresários para criar reverter a recessão.

    "É uma tristeza o que estamos vendo no Brasil hoje", afirmou a senadora, que minimizou as vaias no início de seu discurso. "É normal. Sempre participei de atos em outras centrais."

    Marta disse que não vai participar da nova equipe de governo que o vice-presidente Michel Temer está organizando, caso o impeachment de Dilma seja aprovado no Senado, e que vai se concentrar na disputa pela prefeitura.

    A Secretaria de Segurança Pública não divulgou a estimativa do número de presentes ao ato da Força. A entidade estima que participaram mais de 500 mil pessoas.

    No ato, muitas bandeiras estampavam "Tchau querida" e políticos já falavam em "governo Temer". Paulinho da Força disse que o seu partido vai pleitear uma pasta: a do Trabalho ou a do Desenvolvimento Agrário.

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Vistas aéreas dos da CUT, pró-governo Dilma, e da Força Sindical, contrário à presidente
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