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    o impeachment

    PSDB exige que Temer apresente plano econômico em até 30 dias

    DANIELA LIMA
    DE BRASÍLIA

    02/05/2016 20h30

    Eduardo Anizelli/Sérgio Lima/Folhapress
    O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves
    O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves

    O PSDB quer que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) apresente um conjunto de medidas para a "recuperação do equilíbrio das contas públicas" até 30 dias após tomar posse no Palácio do Planalto. A exigência integra o documento que será entregue ao peemedebista pela direção nacional da sigla nesta terça-feira (3) e que marcará a adesão dos tucanos a uma eventual gestão Temer.

    "O Executivo deverá apresentar, em no máximo 30 dias, um conjunto de medidas para a recuperação do equilíbrio das contas públicas que sinalize o controle do crescimento da dívida pública até 2018", diz o texto fechado pela direção tucana. "A inflação deve ser tratada com tolerância zero, para o que é fundamental o auxílio da política fiscal (controle de gastos públicos), de forma a reduzir o papel das taxas de juros no controle da inflação."

    O "termo de adesão" formulado pelo PSDB conta com 15 pontos. Nele, o partido pede ainda o apoio ao combate à corrupção e manutenção e ampliação de programas sociais como o Bolsa Família e o Pronatec. O documento será entregue durante almoço entre os tucanos e o vice. Há expectativa de que todos os principais quadros do partido, inclusive o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participem do encontro.

    Os tucanos negociam há semanas o apoio à gestão Temer. Oficialmente, não indicarão nome para o eventual ministério do peemedebista, nos bastidores, no entanto, sabe-se que o PSDB pode ter até três quadros no governo do peemedebista: o senador José Serra (SP), cotado para Relações Exteriores, o deputado Bruno Araújo (PE), cotado para Comunicações, e o secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, cotado para a Justiça.

    O documento que oficializa o apoio do PSDB a Temer foi desenhado pelo presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os termos foram negociados com outros expoentes da legenda na Câmara e no Senado. O texto faz alusão a bandeiras históricas do PSDB, como a defesa do parlamentarismo e prega uma reforma política que resulte na redução no número de partidos como caminho para a mudança no sistema de governo vigente no Brasil.

    "Defendemos a realização de uma imediata reforma política que busque garantir máxima legitimidade e representatividade aos eleitos, que tenha como uma das prioridades a imposição de cláusula de desempenho eleitoral mínimo para o funcionamento dos partidos políticos, além da adoção do voto distrital misto e do fim das coligações proporcionais", diz o documento. "Devemos criar as bases de um novo sistema político para que possamos, a partir de 2018, voltar a discutir a implementação do parlamentarismo no Brasil."

    Além da reforma política, o PSDB prega uma reforma tributária e a formulação de um novo pacto federativo. "É urgente a definição de um novo pacto federativo que fortaleça e aumente a autonomia de estados e municípios, para que possam gerir melhor os bens públicos e aplicar melhor os recursos", diz a legenda.

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