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    o impeachment

    Petista tentou até o fim que Lula fosse a ato do 1º de maio em SP

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    03/05/2016 02h00

    Nelson Almeida/AFP
    TOPSHOT - Brazilian President Dilma Rousseff waves at the crowd during a demonstration to mark International Workers' Day, in Sao Paulo, Brazil, on May 1, 2016. / AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
    A presidente Dilma Rousseff na manifestação do Dia do Trabalho em São Paulo

    Apesar da evidente rouquidão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff insistiu até o último momento para que ele participasse, neste domingo (1), do ato em comemoração ao Dia do Trabalho.

    Mais de uma vez Dilma telefonou para o ex-presidente na manhã de domingo pedindo que ele marcasse presença no palanque montado por sindicalistas de esquerda em SP.

    Segundo participantes do ato, a presidente fez sua última tentativa já no Vale do Anhangabaú, pouco antes de subir ao palco.

    Sua preocupação era de que a ausência fosse interpretada como um sinal de rendição de Lula. Mas, atendendo à recomendação de sua mulher, Marisa, ele preferiu se poupar.

    Num telefonema a Dilma, alegou que seguia recomendação médica e preferia preservar sua garganta para futuras mobilizações contra o impeachment. Lula foi diagnosticado com câncer na laringe em 2011, tratado com quimioterapia.

    Também segundo petistas, Marisa não gosta que Lula cumpra atividades políticas aos domingos.

    Nesta segunda-feira (2), o ex-presidente chegou às 10h ao Instituto Lula, onde participou de reuniões com colaboradores e aliados. Nos intervalos, fez exercícios para garganta recomendados por sua fonoaudióloga.

    Desde o mês passado, Lula tem apresentado rouquidão. Já às vésperas da votação do impeachment, Lula contou num discurso que desobedecera à orientação médica para que tomasse antibiótico.

    Ele arrancou risos do público ao dizer que, num fim de semana, teria coisa melhor para tomar.

    Há uma semana durante reunião com partidos de esquerda, o ex-ministro Luiz Dulci teve que ler um discurso no lugar de Lula. Após assistir aos 16 minutos de discurso –e aplaudi-lo– Lula assumiu o microfone e falou por mais 22 minutos.

    O ex-presidente foi submetido a um check up há três meses. E não fez novos exames. Aos colaboradores, repete estar bem. Mas admite cansaço. Segundo aliados, ele está abatido.

    Petistas afirmam que Lula já fez o que era possível em defesa do governo Dilma. Agora, precisa ser preservado para lutar pelo PT e sua candidatura à Presidência em 2018.

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