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    o impeachment

    Em crítica indireta, PSB diz que ciência e religião não devem ser misturadas

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    03/05/2016 18h04

    Bruno Poletti - 20.mar.2016/Folhapress
    Sao Paulo, SP, Brasil, 20/03/2015 - Carlos Siqueira, presidente do PSB - Festa de Aniversario da Senadora Marta Suplicy. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress, FSP-MONICA BERGAMO)***EXCLUSIVO FOLHA*** ORG XMIT: AGEN1503211611317043
    O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira

    Em uma crítica indireta, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu nesta terça-feira (3) que o novo ministro de Ciência e Tecnologia de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer não deve ter preconceitos e não deve misturar ciência com religião.

    O alerta do dirigente partidário foi feito após o peemedebista ter oferecido a pasta ao PRB, sigla comandada pelo bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira, principal cotado para assumi-la.

    O convite tem enfrentado críticas também nos bastidores de partidos como PSDB e DEM, o que tem levado o grupo do vice-presidente a reconsiderar a oferta feita ao partido.

    "O novo ministro, seja quem for, deve estar atento a isso e deve não ter preconceito. A ciência requer separação da religião. Ciência e religião não combinam e acredito que o novo ministro também não pode fazer isso, porque a religião tem base no dogma e a ciência tem base no resultado da pesquisa", avaliou.

    Victor Moriyama - 25.set.2012/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 25-09-2012: O presidente do PRB, bispo licenciado da Irud e chefe de campanha do canditado Celso Russomanno à prefeitura de São Paulo, Marcos Pereira, é entrevistado pelo jornalista da Folha, Fernando Rodrigues, em São Paulo (SP). (Fotos: Victor Moriyama/Folhapress, PODER)
    Presidente nacional do PRB, o bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira

    O PSB chefiou a pasta tanto na gestão Luiz Inácio Lula da Silva como na Dilma Rousseff. Para o partido, a área é "absolutamente estratégica" para o país e "não há possibilidade" do Brasil avançar sem investimentos em ciência e tecnologia.

    Na companhia dos líderes do partido na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, Siqueira teve encontro nesta terça-feira (3) com o vice-presidente.

    Na saída, na mesma linha que o PSDB, o dirigente nacional criticou o presidencialismo de coalizão, segundo o qual tem se mostrado um "fracasso" no país.

    "A forma de fazer o chamado toma-lá-da-cá tem sido um fracasso e este momento da história nacional requer que o vice-presidente tenha liberdade e os partidos políticos compreendam que, em primeiro lugar, estão os interesses do país", disse.

    No encontro, Siqueira entregou a Temer um documento com sugestões de medidas para serem adotadas em seu eventual governo, entre elas a redução de ministérios, a indicação de nomes técnicos para empresas estatais, a adoção de um programa de concessões e a ampliação da capacidade de investimento público.

    O partido prega ainda uma reforma política com cláusula de desempenho, fim das coligações proporcionais e da reeleição presidencial, revogação de mandato eletivo e discussão sobre parlamentarismo.

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