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    o impeachment

    Por mulheres no ministério, Temer convida Ellen Gracie e Renata Abreu

    VALDO CRUZ
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    04/05/2016 15h12

    Sérgio Lima - 30.set.2010/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 30-09-2010, 17h30: Ministra Ellen Gracie (relatora) durante sessão plenária do STF, onde foi derrubada a a necessidade de apresentação do titulo eleitoral mais um documento com foto. Agota basta saber seu local de votação e com um documento com foto pode votar. (Foto: Sergio Lima/Folhapress, PODER)
    A ex-ministra do STF Ellen Gracie, cotada para a CGU em possível governo Temer

    Em busca de incluir mulheres em sua equipe, o vice-presidente Michel Temer sondou para compor seu ministério a ex-ministra do STF Ellen Gracie e Renata Abreu (PTN-SP). A primeira para comandar a CGU (Controladoria-Geral da União) e a segunda para a pasta dos Direitos Humanos.

    Gracie foi sondada e ainda não deu resposta. Já Renata Abreu está praticamente acertada. Além destes nomes, Alexandre Moraes, secretário de Segurança Pública de São Paulo, pode ir para o Ministério da Justiça.

    Antes, ele estava cotado para a AGU (Advocacia-Geral da União). Sua indicação agradaria o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que inicialmente se opôs à indicação de nomes de tucanos para a futura equipe do peemedebista.

    Outra novidade pode ser a indicação do advogado e amigo de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, para o Ministério da Defesa. Mariz era cotado inicialmente para a Justiça, mas seu nome foi descartado depois de criticar, publicamente, a Operação Lava Jato.

    Já está praticamente acertado ainda que Fernando Coelho, líder do PSB na Câmara, irá ocupar o Ministério da Integração Nacional. Temer não chegou, porém, a um acordo com o PSD de Gilberto Kassab.

    Eles jantaram nesta terça-feira (03) no Palácio do Jaburu. Kassab manifestou seu desejo de voltar a comandar o Ministério das Cidades, que Temer gostaria de entregar para o PSDB. O nome tucano cotado para a pasta é o do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).

    Outra novidade é a decisão, que também deve ser consumada, de não extinguir a Secretaria de Portos, com status de ministério, para a qual voltaria Helder Barbalho, filho do senador Jáder Barbalho (PMDB-PA).

    Na Saúde, o nome do médico Raul Cutait, dado como certo, agora está indefinido. O PP, que endossaria a indicação do cirurgião, estaria resistindo ao formato para a escolha de Cutait e pode mudar o nome do futuro ministro da Saúde.

    O PP deve ficar com a presidência da Caixa, que seria entregue a Gilberto Occhi, e ainda pleiteia o comando do Ministério da Agricultura, que pode ficar com um deputado da sigla.

    SEM ENXUGAMENTO

    Em relação às críticas sobre a montagem de seu ministério, que não terá o enxugamento previsto inicialmente nem será composto por notáveis, assessores de Temer argumentam que pode ser melhor ficar com o "ônus das críticas" e ter a garantia do "bônus" de uma base aliada com votos suficientes para aprovar medidas no Congresso, inclusive emendas constitucionais.

    Um auxiliar de Temer disse que o governo do peemedebista tem de partir da realidade que não sai com os votos das urnas, o que sempre dá a uma nova administração o capital político de conseguir aprovar suas medidas no Congresso.

    Na situação atual, diz ele, o vice-presidente, que assumirá se o Senado aprovar o afastamento de Dilma Rousseff na próxima semana, tem de ir atrás dos votos dentro do Congresso e precisa contemplar seus partidos aliados. Daí que o corte de ministério pode ficar entre três a cinco no máximo.

    Homens de Temer

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