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    o impeachment

    Sondada para Direitos Humanos votou para dificultar aborto legal

    RANIER BRAGON
    RUBENS VALENTE
    DE BRASÍLIA

    05/05/2016 02h00

    Reprodução
    Detalhe do blog "Diário de uma deputada federal", de Renata Abreu (PTN-SP)
    Detalhe do blog "Diário de uma deputada federal", de Renata Abreu (PTN-SP)

    Deputada de primeiro mandato, Renata Abreu (PTN-SP), 34, diz ter recebido apenas uma sondagem de Michel Temer, mas afirmou que tem atuação na área de direitos humanos e que é uma pessoa flexível, sem posições radicais.

    No ano passado, a deputada chegou a votar a favor de uma proposta da bancada evangélica que dificultava o aborto legal pós-estupro, mas disse ter se arrependido.

    "O que eu tenho como filosofia de vida é a democracia. Fiz um evento em São Paulo sobre esse tema [aborto]. Eu sou uma pessoa flexível, quero ouvir. E quem pensa muda", disse a deputada, que mantém um blog sobre o cotidiano de deputada novata.

    Sobre sua experiência em direitos humanos, afirmou desenvolver um trabalho em São Paulo em defesa da igualdade racial. Questionada sobre qual é, em sua visão, o principal desafio da área, afirmou: "Respeito às minorias, respeito à diversidade, respeito às diferenças. Vou lutar para que todos tenham voz".

    Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
    legenda: A deputada blogueira Renata Abreu (PTN-SP)Crédito: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
    A deputada Renata Abreu (PTN-SP), cotada para a pasta de Direitos Humanos

    Tendo votado a favor do impeachment, ela chegou a defender Dilma no ano passado, em seu blog, de ataques nas redes sociais: "Há ofensas horríveis, desenhos chocantes com a imagem dela, comentários com palavras chulas e de baixo nível. Eu nunca fui petista, nunca votei no PT, mas acho que a gente não pode se esquecer que ela é um ser humano e, que, independentemente do cargo que ocupa, é mulher, mãe e avó".

    Um dos principais militantes de direitos humanos em Brasília, o advogado Augustino Pedro Veit disse que "não conhece nem ouviu falar" na deputada. "Sem uma trajetória na área, a pessoa não saberá quem são as organizações não governamentais nem as pessoas que apoiam os direitos humanos nas diversas esferas", disse.

    O advogado observou, porém, que um iniciante "pode manter os avanços na área", desde que consiga estruturar uma articulação.

    Veit atua na comissão de direitos humanos do Senado e foi presidente da comissão de mortos e desaparecidos políticos da Secretaria de Direitos Humanos durante o primeiro governo Lula (2003-2006).

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