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    o impeachment

    Oposição defende novas eleições para presidência da Câmara

    MARIANA HAUBERT
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    05/05/2016 19h29

    Os partidos de oposição da Câmara defenderam nesta quinta-feira (5) que a Casa realize imediatamente uma nova eleição para se escolher quem substituirá Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Casa. O STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta tarde suspender o peemedebista do seu mandato parlamentar e do comando da Casa.

    Em nota, o PSDB, DEM, PPS e PSB afirmam que, como o Supremo não fixou prazo para o retorno de Cunha e para a conclusão da ação penal a que ele responde, eles consideram que o cargo de presidente da Câmara está vago e exigem a escolha imediata de um novo presidente para que "se restabeleça a normalidade e seja retomada a atividade parlamentar na Casa".

    Uma reunião entre líderes da oposição, dos partidos do chamado centrão e do PMDB estão reunidos nesta noite na Câmara para se tentar chegar a um acordo sobre a escolha de um novo presidente.

    As quatro siglas endossaram a decisão do STF e afirmaram entender que a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovada pela Câmara em abril, está de acordo com o que determina a Constituição e o rito estabelecido pelo próprio Supremo, "indicando o pleno funcionamento das instituições e sinalizando que o país caminha para o reencontro com princípios e valores como a transparência, a Justiça e o combate à impunidade, tão desejados pela sociedade brasileira".

    Após a decisão do STF, o governo passou a defender que o processo de impeachment seja anulado porque Cunha o aceitou com desvio de poder, como vingança por não ter obtido o apoio do PT no Conselho de Ética da Câmara.

    Os oposicionistas afirmam ainda que a representação pedindo o afastamento de Cunha foi assinada pela oposição e protocolada junto à Procuradoria-Geral da República em 25 de novembro. Em outubro, os partidos já haviam defendido o afastamento do peemedebista.

    "Salientam ainda que vêm defendendo a renúncia de Cunha à presidência da Câmara desde que se tornaram públicas as denúncias e documentos sobre a existência de contas em nome dele no exterior, investigadas no âmbito da Operação Lava Jato", diz a nota.

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