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    o impeachment

    Sob pressão, Maranhão pode ser expulso do PP e ter decisão anulada

    DÉBORA ÁLVARES
    GABRIEL MASCARENHAS
    RUBENS VALENTE
    DE BRASÍLIA

    09/05/2016 15h02

    Luis Macedo /Camara dos Deputados
    Waldir Maranhao. Foto Luis Macedo / Câmara dos Deputados ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O presidente interino da Câmara Waldir Maranhão

    Depois de decidir anular a tramitação do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) começou a sofrer investidas de todos os lados.

    No campo pessoal, há forte pressão sobre a cúpula de seu partido para que ele seja expulso da sigla. Institucionalmente, a tentativa é que as decisões da Mesa Diretora tenham importância equivalente às dele e, nesse caso, em votação, os integrantes possam derrubar deliberação do deputado. Ricardo Izar (PP-SP) está convocando reunião para a manhã desta terça (10).

    No despacho, que será publicado na edição do Diário Oficial da Câmara desta terça (10), o deputado derruba as sessões do plenário ocorridas entre 15 e 17 de abril e determina que o processo, hoje no Senado, retorne à Câmara.

    O presidente interino disse que os partidos não poderiam ter fechado questão ou orientado o voto de seus deputados. Para Maranhão, "os parlamentares deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente".

    O pepista também diz que o fato de os deputados terem anunciado publicamente seus votos caracteriza pré-julgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa consagrado pela Constituição.

    Para membros do PP, as argumentações de Waldir Maranhão demonstram falta de preocupação com o partido. "Ele deveria entender que o cargo que ocupa, de vice-presidente da Câmara, no caso, agora, de presidente interino, não é dele, é do PP. E, por isso, deveria pensar melhor nos seus atos".

    Maranhão votou a favor de Dilma no dia 17 de abril, na Câmara. Enquanto ainda estava no púlpito montado no centro do plenário, deputados gritaram "pixuleco do Lula" para ele, e disseram que ele foi comprado. O PP fechou questão a favor do impeachment de Dilma.

    Após a intervenção do presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), ele foi afastado da presidência do PP maranhense no dia seguinte à votação do impeachment na Câmara, em 18 de abril.

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