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    o impeachment

    Petistas criticam decisão de Renan e o acusam de atropelo

    DÉBORA ÁLVARES
    LEANDRO COLON
    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    09/05/2016 18h03

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante a leitura do relatório sobre processo de impeachment da presidente Dilma (PT)
    O presidente do Senado, Renan Calheiros, durante a leitura do relatório sobre processo de impeachment

    Senadores petistas tomaram a tribuna da Casa na tarde desta segunda-feira (9) para criticar e rebater a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que resolveu manter a tramitação do impeachment de Dilma Rousseff, mesmo após a decisão do presidente interino da Câmara desta manhã, Waldir Maranhão (PP-MA), suspendeu o processo.

    Lindbergh Farias (RJ) acusou Renan de "estar indo pelo caminho do presidente da Câmara, Eduardo Cunha". "Vossa Excelência está cometendo um erro histórico, manchando sua biografia ao colocar suas mãos no golpe".

    Renan respondeu ao senador que esperava "qualquer coisa, menos que estaria seguindo o presidente da Câmara". "Seguir o presidente da Câmara seria sair da imparcialidade e ninguém nesta Casa está mais à vontade com sua consciência e com os postulados da democracia do que o presidente do Senado".

    Terminou afirmando ainda não estar "presidindo essa sessão por prazer, mas por dever histórico, institucional".

    Minutos antes, Renan anunciou sua decisão de ignorar o ato de Maranhão e o classificou como uma "brincadeira com a democracia". Com isso, manteve para quarta-feira (11) a previsão de votação da abertura do processo de impachment.

    Para o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), não é aceitável o argumento da "intempestividade" usado pelo presidente do Senado.

    "Me perdoe presidente Renan, mas não pode Vossa Excelência dizer qual decisão de qual presidente considera correto cumprir. Não somos nós que vamos decidir se cumprimos a decisão dele, a que virá amanhã. Temos que cumprir a decisão institucional da Câmara de hoje, a que está colocada é a de anulação da sessão que levou o Senado a receber o pedido de impedimento".

    "Se alguém tem que decidir sobre uma decisão do presidente da Câmara, é o plenário da Câmara dos Deputados. Estamos lutando pela democracia e pela Constituição", completou Gleisi Hoffmann (PT-PR).

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