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    o impeachment

    Protestos pró-Dilma foram 'atos de guerrilha', diz Alexandre de Moraes

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    10/05/2016 12h36

    Joel Silva - 14.ago.2015/Folhapress
    Secretário de segurança pública do Estado, Alexandre de Moraes
    O secretário de Segurança, Alexandre de Moraes, cotado para Ministério da Justiça em governo Temer

    Cotado para o Ministério da Justiça, que deve ser fundido com a Secretaria de Direitos Humanos em um provável governo Michel Temer (PMDB), o secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse que os protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça (10) foram "atos de guerrilha". Moraes disse que a polícia vai identificar os responsáveis.

    "Eu não diria que foram manifestações. Foram atos que não configuram uma manifestação porque não tinham nada a pleitear. Tinham, sim, a atrapalhar a cidade. Eles agiram como atos de guerrilha. Nós vamos identificar [as pessoas], porque há atitude criminosas, inclusive colocando em risco outras pessoas, como no caso da 23 de Maio e em outros locais onde pneus foram queimados", disse o secretário do governo Alckmin (PSDB).

    Manifestantes da Frente Brasil Popular, composta por 65 entidades sindicais, como CUT, movimentos sociais, como MST, e estudantes, bloquearam vias em protesto contra o impeachment no início da manhã na capital paulista.

    As declarações de Moraes foram dadas em um evento no Comando-Geral da Polícia Militar. Para o secretário, "a PM agiu rapidamente, desobstruindo as vias em pouco mais de uma hora".

    Questionado sobre a expectativa de que os protestos contra o impeachment ganhem força nos próximos dias, com a votação do afastamento de Dilma no Senado, Moraes respondeu que os atos são "fogo de palha".

    "Eu tenho absoluta certeza que é fogo de palha isso, até porque o pequeno número de manifestantes demonstra isso, e, se eles se tornarem violentos, serão tratados como criminosos, não como manifestantes."

    PROTESTOS

    De acordo com a Central Única de Trabalhadores (CUT), os atos desta manhã foram em defesa da democracia e contra o impeachment. Os organizadores concederão coletiva à imprensa a partir das 13h.

    Na marginal Tietê, cerca de 150 pessoas fecharam a pista expressa, no sentido Castello Branco, entre as pontes Aricanduva e Tatuapé.

    A avenida 23 de Maio, principal ligação entre as zonas norte e sul de São Paulo, foi totalmente bloqueada na altura da praça da Bandeira. Manifestantes atearam fogo em pneus no local para interromper o tráfego.

    Um outro protesto bloqueou totalmente a rodovia Helio Smidt, no sentido aeroporto de Guarulhos,. Segundo a CET, a interdição na via terminou por volta das 7h30. Os atos foram realizados, segundo os organizadores, em outros nove Estados além de São Paulo.

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