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    o impeachment

    Dilma e Temer preparam falas para depois da votação no Senado

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    10/05/2016 18h10 - Atualizado às 20h55

    Tanto a presidente Dilma Rousseff, que poderá ser afastada temporariamente do cargo, quanto o vice, Michel Temer (PMDB), que assumirá interinamente, planejam fazer pronunciamentos à nação.

    A presidente pretende discursar no Palácio do Planalto a veículos de imprensa antes da notificação da decisão do Senado Federal. A ideia é fazer o pronunciamento ou na noite de quarta-feira (11) ou na manhã de quinta-feira (11).

    A intenção é reforçar discurso do Palácio do Planalto de que o impeachment é um "golpe" e de que o governo federal ainda tem expectativa de reverter a decisão na análise final processo de afastamento.

    Já o vice-presidente, Michel Temer, planeja falar com veículos de imprensa no Palácio do Planalto após assumir interinamente o cargo. A convocação de cadeia nacional de televisão e rádio foi descartada nesta terça-feira (10) pelo peemedebista.

    Segundo aliados do vice-presidente, como estará no cargo interinamente, ele quer evitar um gesto que seja interpretado como um desrespeito à posição da petista, que, embora afastada, ainda estará na condição de presidente até a análise final do processo.

    Cotado para o comando do Ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que a expectativa do grupo do vice-presidente é que o Senado Federal vote na quarta-feira (11) o afastamento da petista e, na quinta-feira (12), ela seja notificada e, assim, suspensa da função.

    "Não vai haver pronunciamento em rede nacional. O vice-presidente, no momento em que assumir, vai programar de que forma irá se comunicar à nação, mas por meio de veículos de imprensa", disse.

    Segundo ele, a intenção de Temer é na quinta-feira (12) terminar a definição da nova Esplanada dos Ministérios e, provavelmente, anunciá-la. As medidas da área econômica, no entanto, de acordo com ele, devem aguardar discussões feitas pela nova equipe econômica.

    "O rito do impeachment, em confirmado na quarta-feira o afastamento, será comunicado na quinta-feira de manhã. A partir da comunicação, assuma o Michel Temer interinamente até a análise final", afirmou.

    O peemedebista ressaltou que uma das primeiras prioridades do governo interno será a aprovação da alteração da meta fiscal, que teria de ser feita até o dia 22 para evitar a interrupção do pagamento de despesas básicas do governo, como luz e telefone.

    Ele ressaltou que será feita uma reavaliação das contas públicas e que, se forem constatadas distorções, poderá ser proposta uma nova meta governamental.

    "O governo equivocadamente propôs no início do ano um superávit que sabia que não ia assumir. Agora, reconheceu a verdade e encaminhou há alguns dias a mudança da meta. Esse déficit, se não for definido, implicará em uma série de paralisações que nós não queremos", disse.

    O senador participou nesta terça-feira (10) de reunião entre o vice-presidente e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros. Segundo ele, Temer apresentou a Renan a proposta detalhada de redução de 32 para 22 no número de ministérios.

    Ele citou, como exemplos, a inclusão de Portos e Aviação Civil em Transportes, a anexação de Desenvolvimento Agrário a Desenvolvimento Social e a fusão entre Comunicações e Ciência e Tecnologia.

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