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    novo governo

    Temer anuncia os 23 ministros; percentual de congressistas triplica

    DÉBORA ÁLVARES
    GABRIEL MASCARENHAS
    GUSTAVO URIBE
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    12/05/2016 17h41

    Presidente da Câmara por três gestões e tido como conhecedor dos bastidores legislativos, Michel Temer (PMDB) anunciou nesta quinta-feira (12) um ministério composto em sua maioria por deputados federais e senadores.

    O governo fechou a conta em 23 ministérios, um a mais do que aliados do peemedebista vinham anunciando em conversas de bastidor. O número, porém, é menor do que os 32 ministros da gestão Dilma Rousseff.

    Antes um espécie de departamento vinculado à presidência da República, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ganhará status de ministério. Em compensação, a AGU (Advocacia-geral da União) perderá o título, que tinha durante o governo petista.

    Os dois últimos nomes definidos foram Helder Barbalho (PMDB), para o ministério de Integração Nacional, e Fernando Coelho (PSB), para a cadeira de Minas e Energia.

    Reprodução/Twitter
    Michel Temer assina notificação de posse como presidente interino
    Michel Temer assina notificação de posse como presidente interino

    De total de novos ministros, 13 são congressistas, ou seja, 57% do total da nova configuração da Esplanada dos Ministérios.

    O percentual representa quase o triplo com que Dilma Rousseff iniciou o seu segundo mandato, em 2015, com 7 congressistas nas 39 cadeiras –18% do total.

    Com o agravamento da crise e o avanço de seu enfraquecimento político, a petista cedeu mais cadeiras para a Câmara e Senado, mas a medida não conseguiu conter a onda que resultou em seu afastamento nesta quinta (12).

    BASE DE APOIO

    Aliados e posta-vozes de Temer no Congresso dizem que, em linhas gerais, sua base de apoio começa mais ou menos com o tamanho dos votos pró-impeachment: 367 das 513 cadeiras da Câmara e 55 das 81 do Senado.

    O número é suficiente para aprovação de mudanças na Constituição (308 e 49, respectivamente), mas haverá dissidências, muitas delas resultantes de demandas não atendidas na montagem da nova gestão.

    Além disso, PT, PC do B, PDT, Rede e Psol, derrotados com a saída de Dilma, prometem oposição aguerrida a um governo que consideram golpista e sem legitimidade.

    Veja a lista dos ministros que eram até esta quinta deputado ou senador

    Raul Jungmann, ministro da Defesa (deputado)
    Romero Jucá, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (senador)
    Bruno Araújo, ministro das Cidades (deputado)
    Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (senador)
    Mendonça Filho, ministro da Educação e Cultura (deputado)
    Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário (deputado)
    Leonardo Picciani, ministro do Esporte (deputado)
    Ricardo Barros, ministro da Saúde (deputado)
    José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente (deputado)
    José Serra, ministro das Relações Exteriores (senador)
    Ronaldo Nogueira de Oliveira, ministro do Trabalho (deputado)
    Mauricio Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil (deputado)
    Fernando Coelho, ministro de Minas e Energia (deputado)

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