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    novo governo

    Idealizador da ruptura, Geddel manteve relação instável com o PT

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE SÃO PAULO

    13/05/2016 02h00

    Sérgio Lima - 13.jan.10/Folhapress
    ORG XMIT: 024101_1.tif BRASÍLIA, DF, BRASIL, 13-01-2010, 16h40: O ministro Geddel Vieira durante entrevista no CCBB sobre o terremoro no Haiti. (Foto: Sergio Lima/Folhapress, POLÍTICA)
    Geddel Vieira, agora ministro da Secretaria do Governo de Michel Temer

    "O impeachment de Dilma Rousseff só depende do PMDB." Em agosto do ano passado, quando a base aliada ainda demonstrava força, o agora ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria Geral de Governo) compartilhou em redes sociais um vídeo com essa mensagem, deixando explícitas suas intenções.

    Nos meses seguintes, Geddel, amigo do vice Michel Temer, se tornou um dos embaixadores da retirada do partido do governo Dilma.

    Na Câmara, seu irmão, Lúcio Vieira Lima, foi um dos mais ferrenhos opositores do governo no PMDB.

    Neste ano, Geddel foi o autor da moção que formalizou, em março, o rompimento do partido com o governo e chegou a defender a expulsão de peemedebistas que permanecessem nos cargos.

    Apesar de ter sido ministro no governo Lula (Integração Nacional) e vice-presidente da Caixa Econômica sob Dilma, sua relação com o PT sempre foi instável.

    Ainda em 2003, foi um dos focos de resistência no PMDB à adesão ao governo federal.

    Agravaram o relacionamento derrotas eleitorais para o grupo político do PT: para o governo da Bahia, em 2010, e também para o Senado, em 2014.

    Há dois anos, apoiou o tucano Aécio Neves na disputa pela Presidência.

    O novo ministro pode ter na Operação Lava Jato uma fonte de problemas em sua gestão à frente da Secretaria Geral. Ele foi mencionado em uma investigação sobre o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, que já foi até condenado em processo da operação.

    Reportagem do jornal "O Globo" afirmou que um relatório da operação mostrava que Geddel pedia dinheiro, enquanto o empresário o via como um agente que poderia ajudá-lo na relação com órgãos e bancos.

    Questionado se havia favorecido a construtora, disse em entrevista: "Tinha que tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta, com viado." Depois, acabou se desculpando pela declaração.

    Editoria de arte/Folhapress
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