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    novo governo

    Meirelles retorna ao governo em situação semelhante à de 2002

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE SÃO PAULO

    13/05/2016 02h00 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Alan Marques/Folhapress
    O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles fala com jornalistas após encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer
    O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que assume a Fazenda de Temer

    Fiador da política econômica nos dois mandatos de Lula, Henrique Meirelles, 70, volta à Esplanada em uma situação parecida com a do início de sua carreira política.

    Em 2002, foi convidado pelo petista para assumir o Banco Central em uma iniciativa que foi vista como um gesto de aproximação com o mercado, que demonstrava insegurança com o perfil do recém-eleito presidente.

    Catorze anos depois, Meirelles é o escolhido por Michel Temer para a Fazenda também como uma maneira de atrair a simpatia do mercado, crítico do governo Dilma Rousseff.

    Meirelles fez carreira no mercado financeiro internacional e chegou a ser presidente mundial do BankBoston nos anos 1990.

    No início da década passada, decidiu entrar na política e se elegeu deputado federal pelo PSDB de Goiás. Não chegou a assumir o mandato por causa do convite de Lula.

    Formou com o ministro da Fazenda Antonio Palocci, que deixaria o cargo em 2006, uma dupla conhecida pela ortodoxia econômica e que ajudou a desfazer a desconfiança sobre o PT. Em 2009, flertou com uma nova candidatura ao se filiar ao PMDB.

    Nos anos Dilma, foi sombra da equipe econômica: era constantemente sugerido por Lula como alternativa a Guido Mantega, titular da Fazenda desgastado com o desempenho ruim da economia.

    Acabou como presidente do conselho da Autoridade Pública Olímpica dos Jogos do Rio. Desde 2012, foi também presidente do conselho da J&F, holding do grupo que produz as marcas Friboi, Seara, Vigor e Havaianas.

    Em 2004, por sua causa, a presidência do Banco Central passou a ter status de ministério. À época, havia uma suspeita de sonegação fiscal por ter declarado à Receita que morava nos Estados Unidos e, simultaneamente, informado à Justiça Eleitoral que tinha domicílio em Goiás.

    Com a alteração na lei, ganhou foro privilegiado. Ele sempre negou irregularidades.

    Editoria de arte/Folhapress
    Clique para conferir os ministros de Michel Temer, presidente interino da República
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