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    novo governo

    'Quanto mais diversidade, melhor', dizem EUA sobre ministério de Temer

    MARCELO NINIO
    DE WASHINGTON

    13/05/2016 19h25

    Carlo Allegri/Reuters
    U.S. Secretary of State John Kerry (R) speaks to senior advisor John Kirby before he holds a briefing at Amman Civil Airport in Amman, October 24, 2015. REUTERS/Carlo Allegri ORG XMIT: NYC3032
    O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em conversa com o secretário John Kerry

    O Departamento de Estado americano reiterou nesta sexta (13) "o poder da diversidade" para o bom funcionamento das democracias, ao comentar a ausência de mulheres no ministério do presidente interino, Michel Temer.

    Questionado sobre o assunto na entrevista diária a jornalistas, o porta-voz Departamento de Estado, John Kirby, primeiro evitou responder, repetindo o discurso cauteloso do governo americano nos últimos dias, de que confia na capacidade do Brasil de superar suas dificuldades de forma democrática.

    Um repórter, porém, insistiu na pergunta, lembrando a ênfase que o governo de Barack Obama deu nos últimos anos à importância de aumentar a representação feminina em cargos públicos.

    "Não estamos nos esquivando desse sentimento de forma alguma", disse Kirby. "Você ouviu o secretário falar muito sobre o poder da diversidade aqui no Departamento de Estado e nas democracias no exterior. E nós ainda acreditamos que para uma democracia atingir todo o seu potencial ela precisa incluir e representar toda a sociedade".

    O tema é recorrente nos discursos do atual secretário de Estado americano (equivalente a chanceler), John Kerry. "Não se pode construir o mundo de hoje quando metade da população está no banco de reservas. É impossível", disse Kerry num evento no ano passado.

    Antes dele, a diplomacia americana era comandada por Hillary Clinton, que está perto de se tornar a primeira mulher escolhida como candidata de um dos grandes partidos dos EUA em uma eleição presidencial.

    O jornal "Washington Post", um dos mais importantes do país, também chamou a atenção para a questão de gênero em uma reportagem sobre o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência. "Primeira mulher presidente do Brasil é substituída por homem cuja mulher é 42 anos mais jovem que ele", foi o título da reportagem.

    O Brasil atravessa um período de "desafio político significativo", disse o porta-voz do Departamento de Estado, voltando a expressar confiança de que o país saberá sair da crise e a ressaltar a importância de que os cargos públicos reflitam a diversidade das sociedades.

    "Nós acreditamos que o Brasil tem uma democracia forte o suficiente para lidar com tudo isso e também estamos convencidos, pela importância da relação, que nós continuaremos a ter um forte relacionamento bilateral com o Brasil. Mas, falando de forma geral, obviamente quanto mais diversidade melhor".

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